Venda de terrenos no metaverso despenca 98% em relação a 2021

As transações de terrenos virtuais tiveram uma queda de 98% no comparativo ao pico, ocorrido no ano passado. Esse levantamento foi feito pela plataforma de análise de blockchain Delphi Digital, que revelou uma movimentação de apenas US$ 200 mil nos 18 metaversos mais populares da web.

Em novembro de 2021, o mercado movimentou em média US$ 8 milhões em apenas um mês somente nas transações dos terrenos virtuais. Na época, criptomoedas como o Bitcoin e o Ethereum estavam em alta, o mercado de tokens não fungíveis (NFTs) segue forte e a aposta nos metaversos era elevada, principalmente após o anúncio do Facebook, que até mudou de nome para Meta.

Mesmo com grandes empresas interessadas, como DisneyNike, Citibank e Banco do Brasil, o hype parece ter esfriado, fruto das quedas vertiginosas que o mercado cripto sofreu nos últimos meses. Esses terrenos virtuais eram vistos como uma forma de especulação financeiro de curto e médio prazo, com imenso potencial de valorização assim que as iniciativas fossem lançadas.

O que são terrenos do metaverso?

Os terrenos, normalmente comercializados como NFTs, são parte fundamental dos metaversos, porque permitiriam a criação de espaços virtuais proprietários. Nesses locais, você poderia criar prédios para o seu negócio, criar centros de diversão, lojas virtuais, cassinos, palco para shows, alugar para outras empresas e o que mais a criatividade do dono permitir.

A lentidão na criação dos mundos persistentes e os fiscos recentes de Mark Zuckerberg — cuja selfie foi alvo de piada devido a qualidade duvidosa dos gráficos — fez com que muita gente ficasse temerosa quanto ao sucesso do metaverso. Não é necessário ter um terreno nem muitos aparatos tecnológicos para conhecer o ambiente virtual, mas recomenda-se o uso de óculos de realidade virtual e dispositivos com bom poder de processamento para maior imersão.

Na época das vendas dos primeiros terrenos, houve um imenso boom especulativo de NFTs, o que fez com que muita gente apostasse suas fichas no mercado. Com um “inverno cripto”, os investidores ficaram mais receosos em colocar seu dinheiro e o reflexo é sentido nos metaversos.

Atualmente, apenas o mercado de artes em NFTs segue com alguma força. Mesmo assim, outros metaversos famosos como The Sandbox e Decentraland seguem com apoio de grandes empresas como Nike, AdidasAtari, Binance e Santander. Muitos artistas também continuam a explorar formas criativas de usar o mundo virtual, como o cantor Nando Reis, que fez a apresentação de um documentário e um show pelo seu próprio espaço virtual.

FONTE: https://canaltech.com.br/internet/venda-de-terrenos-no-metaverso-despenca-98-em-relacao-a-2021-226055/