Usina nuclear na Índia sofre ataque cibernético

Invasão para extração de dados teria sido feita pelo grupo hacker Lazarus, da Coréia do Norte

REATOR NUCLEAR NA ÍNDIA CONTROLADO PELA NPCIL (FOTO: GETTY IMAGES)

Índia confirmou que a usina nuclear da cidade de Kudankulam sofreu um ataque hacker com um malware projetado para extração de dados vinculado ao Grupo Lazarus – que teria ligações com o governo da Coréia do Norte.

A Corporação de Energia Nuclear da Índia Limited (NPCIL, na sigla em inglês) informou ao Financial Times que o vírus havia sido identificado no sistema, mas que não chegou a infectar áreas críticas. Especialistas ouvidos pelo FT discordam dessa versão.

A NPCIL opera 22 reatores de energia nuclear no país. As notícias sobre o ataque cibernético surgiram quando o VirusTotal, um site de scanner de vírus pertencente ao Alphabet, empresa mãe do Google, detectou a anomalia em outubro. Mas autoridades indianas tinham conhecimento sobre o ataque hacker desde setembro. Cidades indianas como Nova Deli, capital do país, estão lutando para modernizar suas políticas de segurança cibernética.

A invasão hacker da usina nuclear foi conduzida com um malware conhecido como DTrack, o mesmo que teria sido usado em 2016 para roubar os dados financeiros de milhões de indianos. O vírus foi direcionado à Hitachi Payments Services, uma operadora privada que opera caixas eletrônicos em todo o país.

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em agosto disse que os ataques cibernéticos dos grupos de hackers da Coréia do Norte haviam arrecadado até US$ 2 bilhões para o programa de armas de destruição em massa do país.

FONTE: ÉPOCA