Um robô pode ser a solução para suas encomendas saírem de Curitiba

O “robosão” Atlas da Boston Dynamics consegue levantar caixas e dar piruetas. Seria algo parecido com ele o futuro para as entregas de encomendas? (Boston Dynamics/Divulgação)

Inteligência artificial promete acabar com a burocracia e demora existente nas centrais de distribuição de produtos importados

O Centro de Tratamento Internacional (CEINT ) dos Correios em Curitiba, no Paraná, enfrenta há anos problemas com extravios de pacotes e críticas sobre os atrasos nas entrega das encomendas que passam por lá.

Para ironizar a situação, existe até um site chamado “Preso em Curitiba” onde é possível enviar, de brincadeira, um kit de sobrevivência para os produtos comprados em sites chineses e que ficaram detidos na capital paranaense.

Mas longe dos memes,  a empresa de automação e-Mix criou uma solução para a demora em receber compras. Para tal tarefa, desenvolveu uma inteligência artificial que agiliza o processo de entrada e saída de mercadorias do Brasil.

Em um período de testes realizados em uma empresa de logística aduaneira, um robô analisou 177 processos aduaneiro (toda a parte documental e burocrática relacionada à importação e exportação) de produtos vindos de outros países. Usando IA foram necessárias apenas 3 horas e 41 minutos, enquanto humanos precisaram de 265 horas, ou 33 dias, para concluir a mesma tarefa. Ao calcular o tempo médio para cada análise individualmente, de forma manual seria ao menos 1 hora e 30 minutos, enquanto para uma máquina 1 minuto e 15 segundos.

Ou seja, com uma ajuda de uma máquina dotada de inteligência os produtos podem chegar muito mais rápido às mãos dos consumidores, enquanto os funcionários que ocupavam essa função podem se dedicar a atividades, digamos, mais humanas que conferir documentos.

Porém, nos centros de distribuição dos Correios ainda não existem estimativas para o uso de IA na checagem de documentos e nos processos entregas. Até lá, resta torcer para que prisão daquela encomenda tão esperada seja temporária e não perpétua.

FONTE: VEJA