Tudo sobre o uberAIR: saiba como vai funcionar o táxi voador da Uber

Serviço de ‘carona aérea’ poderá entrar em operação em 2023 com aeronaves autônomas (Foto: Divulgação/Uber)

O uberAIR é a próxima aposta da Uber para o serviço de transporte. Como um táxi aéreo, o projeto vai permitir que usuários peçam um voo com a mesma simplicidade que se pede um carro atualmente. A ideia é fazer um modelo elétrico e autônomo, e os primeiros testes serão em 2020 – com início das operações previsto para 2023.

Há também projetos voltados para receber e embarcar passageiros, em uma espécie de aeroporto próprio para o serviço: o Skyport. Conheça um pouco mais da novidade que pode surgir nos próximos anos e entenda como vai funcionar o taxi aéreo da Uber.

Ficha técnica

  • Previsão de início dos testes: 2020
  • Previsão de início da operação: 2023
  • Controle na aeronave: autônomo
  • Capacidade: quatro passageiros
  • Velocidade prevista: de 240 a 320 km/h
  • Expectativa de duração da bateria por carga: 60 milhas (equivalente a 96,5 km)

Glossário

  • uberAIR: serviço da Uber que vai permitir ao usuário solicitar voos pelo aplicativo
  • eVTOL: veículo elétrico de pouso e decolagem verticais que será usado no uberAIR
  • Skyport: estação planejada para ficar no topo de prédios para que as aeronaves possam decolar e pousar

O que é o UberAir?

Procedimento para pedir uberAIR deverá ser semelhante à solicitação de um carro (Foto: Divulgação/Uber)

Procedimento para pedir uberAIR deverá ser semelhante à solicitação de um carro (Foto: Divulgação/Uber)

O uberAIR é o futuro serviço de transporte aéreo da Uber. Iniciado em 2016 a partir da publicação de um artigo técnico sobre mobilidade aérea urbana pela Elevate, o projeto tem como um dos objetivos tornar a rede de veículos aéreos acessível a pessoas comuns que querem evitar o trânsito em distâncias longas.

O projeto propõe que as aeronaves contem com um piloto a bordo. No entanto, ao longo do tempo, a ideia é tornar os eVTOLs – veículos elétricos para voos – autônomos. A capacidade deve ser de quatro passageiros, com espaço para pequenas bagagens. Além disso, deve ter autonomia de bateria para até 60 milhas (equivalente a 96,5 km) e tecnologia avançada para fazer uma recarga completa em até cinco minutos durante horários de pico.

Para utilizar a tecnologia, o usuário precisará apenas reservar o voo pelo aplicativo da Uber e encontrar a aeronave na estação Skyport mais próxima. Ainda não se sabe, porém, qual será o preço do serviço.

Datas e locais de testes

Proposta do uberAIR inclui estações para pousos e decolagens; este é o projeto "Connect" (Foto: Divulgação/Uber)

Proposta do uberAIR inclui estações para pousos e decolagens; este é o projeto “Connect” (Foto: Divulgação/Uber)

De acordo com a Uber, o período de testes do uberAIR está previsto para começar em 2020. Já as operações com o serviço podem ter início em 2023. Três locais serão selecionados para participar da etapa de “cidades lançamento” do projeto. Por enquanto duas já estão definidas: Dallas e Los Angeles, ambas nos Estados Unidos.

Preocupação sustentável

Segundo a companhia do app de caronas, atualmente o deslocamento médio por terra dentro de megacidades do mundo passa de 90 minutos, representando “menos tempo com a família, menos tempo de trabalho para o crescimento das economias e mais dinheiro gasto em combustível”. Para resolver a questão, a meta com o uberAIR é aproveitar o espaço aéreo para aliviar os congestionamentos, criar uma forma de transporte menos poluente e ajudar na qualidade de vida dos cidadãos.

Dentro do projeto, os veículos – que não vão utilizar combustíveis como gasolina – devem ter capacidade de propulsão elétrica para voar de forma ultra-sileciosa. Além disso, os níveis de ruído das aeronaves devem ser baixos a ponto de se misturarem com os sons da cidade.

Parcerias

Para auxiliar no projeto, a Uber firmou parcerias com a Nasa (Administração Nacional Aeronáutica e Espacial dos Estados Unidos), e com o Exército do país. No primeiro caso, a coparticipação deve criar simulações do serviço e de voos considerando tráfego, espaço aéreo e riscos de colisões. Com o grupo das Forças Armadas, a proposta é testar as aeronaves para avançar nas pesquisas.

A empresa também estabeleceu acordos com fabricantes de aeronaves de todo o mundo, entre elas a brasileira Embraer, responsável por aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares. O objetivo é ampliar a possibilidade de criação dos eVTOLs como planejados.

Skyports

Outras parcerias no projeto do uberAIR são com empresas de arquitetura e engenharia, pensando nas Skyports, estações de embarque e desembarque. Após a avaliação interna de dezenas de propostas, a Uber selecionou seis modelos com infraestruturas consideradas viáveis para colocar a operação do serviço em prática.

"Uber Hover" se baseia na ideia de colmeias e abelhas para receber pousos e decolagens do uberAIR (Foto: Divulgação/Uber)

“Uber Hover” se baseia na ideia de colmeias e abelhas para receber pousos e decolagens do uberAIR (Foto: Divulgação/Uber)

Além de precisarem acompanhar as exigências ambientais para não prejudicar o meio ambiente e a comunidade em torno das estações, os projetos devem levar em conta as recargas rápidas dos eVTOLs e tráfego de mais de quatro mil passageiros. Segundo o diretor de Design da Uber, John Badalamenti, o uberAIR está mais perto do que pensamos, apesar de parecer um sonho distante. Para ele, a infraestrutura urbana precisa começar a evoluir desde já para acompanhar a novidade.

Entre os projetos selecionados está o “Connect”, um modelo com conceito futurista de Mega Skyport que promete comportar até mil pousos por hora. Além dele, há o “Uber Hover” e o “The Hive”, ambos baseados em colmeias e na forma como as abelhas utilizam várias portas de entrada e saída. Outra opção para as estações de pouso e decolagem do uberAIR é a “Sky Tower”, um único módulo com capacidade para até 1.800 passageiros em horários de pico e 180 voos por hora.

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