Supercomputadores da Europa são alvos de hackers

Equipamentos em pelo menos três países foram infectados com malwares que fazem mineração de criptomoeda. Alguns desses computadores estavam direcionados para a pesquisa da Covid-19

Vários supercomputadores da Europa foram infectados com o malware Monero, que faz mineração de criptomoedas e tiveram que ser desligados. De acordo com o site ZDNet, incidentes de segurança foram relatados no Reino Unido, Alemanha e Suíça, enquanto há rumores de que uma invasão semelhante também aconteceu na Espanha.

O primeiro relatório de um ataque surgiu na última segunda-feira (11) na Universidade de Edimburgo, que administra o supercomputador Archer, e desde mais ataques foram reportados em cinco dos clusters de computadores alemães da bwHPC e, mais recentemente, um cluster da Universidade Ludwig-Maximilians de Munique.

A Cado Security determinou que os ataques foram conduzidos usando logins comprometidos de universidades do Canadá, China e Polônia. As credenciais parecem ter sido roubadas de membros da universidade que tiveram acesso aos supercomputadores para executar pesquisas.

Ainda não se sabe se todos os ataques partiram do mesmo grupo de cibercriminosos (as evidências sugerem que sim) e quais seriam as motivações para além do dinheiro – supercomputadores podem extrair moeda digital de maneira mais eficaz do que os PCs comuns.

Especialistas em segurança avaliam que, como muitas instituições estão redirecionando seus supercomputadores para a pesquisa da Covid-19, os ataques poderiam ser uma maneira indireta de roubar esses dados.

FONTE: olhardigital.com.br