Startups faturam com produção e análise de campanhas de marketing digital

Monitoramento permite, por exemplo, segmentar público e criar ações com parceiros com os quais cada consumidor tenha mais afinidade

Monitoramento permite, por exemplo, segmentar público e criar ações com parceiros com os quais cada consumidor tenha mais afinidade

Identificar hábitos, atingir o público certo e propor novas ações para cada perfil de consumidor são algumas promessas das startups que desenvolvem softwares para executar e acompanhar campanhas de marketing online.

O intuito é evitar que os anunciantes percam tempo e dinheiro com ações voltadas a uma audiência sem afinidade com a marca. A paulistana Fit Media, por exemplo, promete entregar a seus clientes os hábitos de consumo e navegação das pessoas impactadas numa campanha de marketing.

O CEO da startup, Wolff Rapchan, cita o exemplo hipotético de um banco que gostaria de realizar a ativação de um cartão por meio de redes sociais e mídia programática. “Podemos ver, por exemplo, que o público impactado também costuma navegar num site de gastronomia. Nesse caso indicamos ao banco realizar parcerias com restaurantes, para beneficiar seus clientes”, explica.

Com R$ 13 milhões de faturamento em 2017, a companhia espera crescer 30% neste ano. Cerca de 200 empresas de diversos setores e tamanhos realizam campanhas mensalmente. Os valores variam de acordo com a ação proposta. Rapchan cita que alguns clientes gastam R$ 5 mil; outros, até R$ 1 milhão.

A Fit Media não faz a produção das campanhas, mas sim o seu acompanhamento e a mensuração do impacto obtido, para então propor novas ações. O cliente que contrata a startup já colocou uma campanha nas redes sociais e utiliza a empresa nascente para receber dados, como o perfil das pessoas que clicaram nos links. Também é orientado sobre como utilizar esses indicadores para uma nova iniciativa, ou até como alterar a ação em andamento e focar num novo público.

Já o designer Thiago Regis optou por atuar em todas as frentes de marketing digital. Por meio de sua empresa, a Pílula Criativa, Regis organiza desde a parte inicial das campanhas, como a criação de logos, até a final, analisando os resultados obtidos com cada iniciativa.

Ele cita o exemplo de um de seus clientes, o Grupo Caltabiano McLarty, que atua no setor automotivo. A Pílula Criativa faz todo o trabalho de e-mail marketing, desde comunicação de eventos até avisos de recall e lançamentos de veículos. Em 2017, a startup disparou mais de sete milhões de e-mails para os clientes da Caltabiano.

Para outro cliente, o Portal Amigo do Idoso, a startup com sede em Osasco (SP) cria conteúdos e responde também pelas redes sociais do site.

A Proxy Media atua de forma um pouco diferente. Com um banco de dados próprio, a startup paulistana oferece às empresas a possibilidade de fazer campanhas de marketing direcionadas somente aos clientes que têm o perfil mais adequado em cada caso.

Para conseguir essa base de dados, com mais de 15 milhões de e-mails cadastrados, a empresa oferece a usuários da internet descontos em lojas parceiras. Quem se cadastra é estimulado a informar dados que serão usados posteriormente para direcionar promoções de outras companhias que se enquadrem em cada perfil.

De acordo com a fundadora da startup, Gabriela Freitas, a maior campanha da empresa acontece em outubro, por meio do site Black Friday de Verdade. A empresa nascente faz parceria com dezenas de outras empresas, como a companhia aérea Avianca e a varejista Magazine Luiza, e envia aos clientes cadastrados ofertas exclusivas. No ano passado, mais de 300 mil pessoas participaram da iniciativa.

Embora tenha grandes clientes, como a fabricante de cosméticos Avon e a operadora de turismo CVC, a Proxy Media atende na maior parte as pequenas e médias empresas. Em 2017, 200 clientes contrataram os serviços da startup. O crescimento previsto para 2018 é de 20%, para R$ 7 milhões de faturamento.

FONTE:  DCI