Startups dos EUA apostam em IA para inovar setor de cadeira de rodas

A mesma tecnologia que tem produzido carros inteligentes, hoverboards e bicicletas elétricas começa a se consolidar no setor de cadeira de rodas. Isso porque startups americanas seguem firmes na disputa por melhorias na vida de pessoas com problemas de mobilidade e passaram a adotar novas tecnologias — como a inteligência artificial (IA) — para otimizar e modernizar o mercado de cadeira de rodas.

 Prova disso é a empresa Luci, dos Estados Unidos. A companhia anunciou uma parceria com a National Seating & Mobility, uma das maiores companhias de tecnologia no campo da assistência a deficientes, para adicionar um dispositivo de segurança às cadeiras. A medida, que torna a cadeira “inteligente”, visa diminuir os tombamentos do meio de transporte, responsável pela maior parte dos acidentes.
Para isso, a Luci criou um sistema de hardware e software auxiliados por sensores de radar e um trio de câmeras. Isso permite que o cadeirante observe todo o ambiente no seu entorno e evite colisões com paredes e objetos. Inclusive, o dispositivo reconhece degraus e terrenos com declives repentinos, além de soar um alarme quando há risco de tombamento da cadeira de rodas.
Além disso, a cadeira — cujo preço varia de US$ 1.500 (R$ 8,3 mil em conversão direta) a US$ 12.000 (R$ 66 mil em conversão direta) — dispõe de um aplicativo que permite ao usuário enviar dados de saúde a parentes e médicos.

Cadeira de rodas da Luci dispõe de tecnologia de ponta e sensores baseados em IA para evitar colisões dos usuários. Foto: Luci/Divulgação

Outra companhia que batalha para implementar inovações nas cadeiras de rodas é a Phoenix Instinct e não à toa, a empresa venceu um concurso da Toyota ao trazer um conceito de rodas “inteligentes” para o mercado. A startup quer desenvolver cadeiras com rodas de fibra de carbono que apresentem design arrojado e tecnologia de ponta.

O plano da empresa é construir uma cadeira de rodas com menos de 4,5 quilos, que dispõe de sistemas de freio “inteligentes” e que seja capaz de ajustar seu sistema de gravidade automaticamente (o que torna a cadeira mais estável). Tudo isso por um valor inicial de US$ 7.000 (aproximadamente R$ 38 mil).

Futuro promissor

Apesar dos avanços, a National Seating & Mobility afirma que sensores, câmeras e conectividade são apenas passos iniciais para um futuro com cadeira de rodas mais autônomas. Mas fato é que os desenvolvimentos do setor vistos nos últimos anos apontam um futuro otimista para os cadeirantes.

 “Há coisas que a indústria tem se mostrado capaz de fazer nos últimos 24 meses, que vem tornando as cadeiras de rodas melhores”, apontou Bill Mixon, CEO da companhia.

FONTE: https://olhardigital.com.br/2021/03/18/pro/startups-dos-estados-unidos-apostam-em-inteligencia-artificial-para-inovar-setor-de-cadeira-de-rodas/