Startups do Rio receberam US$ 1,3 bi em investimentos desde 2011, aponta Distrito

Levantamento, que será apresentado no WebSummit Rio, mostra que o ecossistema de inovação do Estado foi o terceiro que mais recebeu aportes no país em pouco mais de última década.

Caracterizadas por atuar em ramos diversificados da inovação, as startups do Rio de Janeiro têm recebido investimento bilionário para expandir seus negócios nos últimos anos. Entre 2011 e março de 2023, elas contaram com US$ 1,3 bilhão em aportes financeiros, o que equivale a pouco mais de R$ 6,5 bilhões. Os dados são do ‘RioTech Report 2023’, estudo inédito da plataforma Distrito, que será apresentado no evento Web Summit Rio.

No período analisado, o Rio de Janeiro, que possui 843 startups, teve 389 rodadas de investimento. O ano de 2020, com aportes de US$ 343,6 milhões em 56 deals, foi o mais ativo para o segmento, seguido por 2021, com US$ 284,6 milhões e 60 rodadas.

Os dados, segundo o relatório, contrastam com o levantamento nacional, já que 2021, com US$ 9,8 bilhões de investimentos em startups, foi o ano em que as empresas do setor em todo o Brasil receberam o maior volume de recursos.

Edtechs e retailtechs

O estado também se diferencia do cenário brasileiro em relação aos tipos de segmentos das startups. Em números absolutos, as fintechs (setor financeiro) são predominantes no Brasil, enquanto no Rio de Janeiro são maioria as edtechs (setor educacional) e retailtechs (setor varejista), com cada uma respondendo por uma participação de 11,27% no número de startups do estado. As fintechs, no Rio, ocupam apenas o terceiro lugar, com 11,15%, seguidas pelas healthtechs (setor de saúde), com 9,85%, e das martechs (setor de marketing), com 9,13%.

Conforme Gustavo Araújo, cofundador e CIO do Distrito, o mapeamento indica que o ecossistema de inovação do Rio de Janeiro é bastante particular e saudável. “Nunca é bom a concentração em um setor. No Rio, vemos que cinco segmentos têm um peso quase semelhante, o que ajuda a desenvolver um ecossistema mais equilibrado”, explica.

Desaceleração do crescimento

Mesmo com o aporte robusto, o ritmo de criação de startups vem desacelerando no estado, aponta o relatório. No ano passado, apenas 21 dessas empresas foram fundadas – o menor número desde 2010. O melhor ano para o setor foi o de 2018, quando 96 startups surgiram.

O estudo aponta, ainda, que a maior parte das startups do Rio foi criada na capital, com 660 empresas fundadas. Niterói (com 41) e Angra dos Reis (29) vêm logo em seguida.

Quanto ao quadro de funcionários, a maioria das startups fluminenses empregam entre 2 e 10 pessoas (43,45%).

FONTE:

https://epocanegocios.globo.com/especiais/web-summit/noticia/2023/05/startups-do-rio-receberam-us-13-bi-em-investimentos-desde-2011-aponta-distrito.ghtml