Conheça todos os unicórnios brasileiros e aprenda com eles no Festival SVWC 2021
Por Tainá Freitas
Unicórnios não existem – exceto no ecossistema de startups. Assim são chamadas as empresas avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais. O rótulo foi criado em 2013, pela investidora Aileen Lee, para descrever as empresas que alcançaram esse patamar – algo raro neste período…
Felizmente, o ecossistema evoluiu no Brasil e no mundo e há centenas de startups que se encaixam nesse rótulo. No Brasil, os primeiros unicórnios surgiram em 2018, e três anos depois, já são 17 empresas que atingiram este valor de mercado.
Confira quais são os unicórnios brasileiros (até setembro de 2021):
2018
99
2018 já começou com tudo para as startups! A 99 se tornou, em janeiro daquele ano, o primeiro unicórnio brasileiro. A empresa foi avaliada em US$ 1 bilhão através de uma aquisição da Didi Chuxing, uma gigante chinesa de mobilidade urbana.
Fundação: Ariel Lambrecht, Renato Freitas e Paulo Veras, em 2012
Virou unicórnio em: janeiro de 2018
Nubank
O Nubank se tornou um unicórnio logo depois, em março de 2018. A fintech recebeu este valor de mercado após um aporte de U$ 150 milhões liderado pelo fundo DST Global. Atualmente, a empresa possui o valuation de US$ 30 bilhões e é a startup mais valiosa da América Latina.
Fundação: David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible, em 2013
Virou unicórnio em: março de 2018
Movile/iFood
Movile e iFood entram na lista juntos, pois a Movile é o grupo controlador do iFood. Em novembro de 2018, a startup de delivery de alimentos anunciou uma rodada de investimentos de US$ 500 milhões. No anúncio, a empresa afirmou que é um unicórnio desde 2017.
Fabricio Bloisi, fundador da Movile e CEO do iFood, também reiterou que a Movile também carrega o título desde 2017, mas que não foi anunciado pois “a ideia de unicórnio pode trazer distração para a empresa”.
Fundação da Movile: Eduardo Henrique e Fabrício Bloisi, em 1998
Fundação do iFood: Patrick Sigrist, Eduardo Baer, Guilherme Bonifácio e Felipe Fioravante, em 2011
2019
Loggi
Em junho de 2019, foi a vez da Loggi se tornar um unicórnio. A startup de logística levantou um investimento de US$ 150 milhões, liderada pelo Softbank, com participação da Microsoft, GGV, entre outros. O aporte a avaliou em US$ 1 bilhão.
Fundação: Fabien Mendez, em 2013
Virou unicórnio em: junho de 2019
Gympass
O Gympass, plataforma corporativa de atividade física, se tornou um unicórnio no mesmo período que a Loggi, em junho de 2019. E as coincidências não param por aí: o Softbank também foi o investidor que impulsionou a startup a alcançar este valor de mercado. A rodada foi de US$ 300 milhões.
Fundação: César Carvalho, Vinicius Ferriani e João Thayro, em 2012
Virou unicórnio em: junho de 2019
QuintoAndar
A startup de aluguel online de imóveis QuintoAndar tornou-se um unicórnio em setembro de 2019. A proptech alcançou esse valuation após uma rodada de investimentos de US$ 250 milhões, liderada pelo Softbank e Dragoneer.
Fundação: Gabriel Braga e André Penha, em 2012
Virou unicórnio em: setembro de 2019
Ebanx
Co-fundadores do Ebanx: Alphonse Voigt, CEO, Wagner-Ruiz, CFO e Joao Del-Valle, COO (Foto: Divulgação)
A Ebanx, fintech de pagamentos, foi o primeiro unicórnio da região Sul do Brasil — mais especificamente, de Curitiba. A companhia atingiu o valor de mercado bilionário após um investimento de valor não divulgado, liderado pelo fundo FTV Capital.
Fundação: Alphonse Voigt, João Del Valle, Wagner Ruiz, em 2012
Virou unicórnio em: outubro de 2019
Assista: Papo de unicórnio com Ebanx: quais são as mudanças?
Wildlife
A Wildlife, startup de jogos, se tornou um unicórnio em dezembro de 2019. A empresa foi avaliada em US$ 1,3 bilhão após uma rodada de US$ 60 milhões liderada pelo fundo Benchmark Capital.
Fundação: Victor Lazarte, Arthur Lazarte, Michael Mac-Vicar
Virou unicórnio em: dezembro de 2019
2020
Em 2020, ano de início da pandemia, o número de unicórnios foi menor do que nos anos anteriores. Apenas três startups receberam o valor de mercado de US$ 1 bilhão e não por acaso, de setores que se destacaram naquele período: e-commerce, empréstimo e finanças.
VTEX
A VTEX foi o primeiro unicórnio de 2020. A empresa, que oferece plataformas de comércio eletrônico, recebeu um aporte de US$ 225 milhões. O investimento foi realizado pelo Softbank (ele mais uma vez!), Endeavor Catalyst, Tiger Global, entre outros, e avaliou a companhia em US$ 1,7 bilhão.
Fundação: Geraldo Thomaz, Mariano Gomide de Faria, em 2000
Virou unicórnio em: setembro de 2020
C6 Bank
O banco digital C6 Bank recebeu um aporte de US$ 1,3 bilhão, o que o fez alcançar o valor de mercado de US$ 2,1 bilhões. O C6 Bank foi fundado por executivos do BTG Pactual e já nasceu com a premissa de operação 100% online.
Fundação: Marcelo Kalim, Carlos Fonseca e Luiz Marcelo Calicchio, entre outros, em 2019
Virou unicórnio em: dezembro de 2020
Creditas
Já a Creditas, fintech que recebe empréstimo com garantia, foi avaliada em US$ 1,75 bilhão após um investimento de US$ 255 milhões. O aporte foi liderado pelo fundo LGT Lightstone. Recentemente, a startup fez uma parceria com outro unicórnio brasileiro para oferta de produtos, o Nubank.
Fundação: Sergio Furio, em 2012
Virou unicórnio em: dezembro de 2020
2021
Este ano ainda não acabou, mas a lista de unicórnios já está se equiparando à 2019, ano antes da pandemia. Será que teremos um ano recorde em unicórnios? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos…
Loft
2021 já começou com tudo: a Loft virou um unicórnio em janeiro. A startup de compra e venda de imóveis online recebeu um aporte de US$ 175 milhões, liderada pelos fundos Andreessen Horowitz, Fifth Wall Ventures e Vulcan Capital. A empresa chamou atenção por alcançar o valor de mercado de US$ 1 bilhão com apenas 16 meses de operação.
Fundadores: Florian Hagenbuch e Mate Pencz, em 2018 (também fundaram a gráfica digital Printi)
Virou unicórnio em: janeiro de 2021
MadeiraMadeira
Dias depois, foi a vez da MadeiraMadeira alcançar o rótulo tão desejado. A startup de venda de móveis e decoração online recebeu um aporte de US$ 190 milhões liderado pelo Softbank e Dynamo.
Fundadores: Marcelo Scandian, Daniel Scandian e Robson Privado, em 2009
Virou unicórnio em: janeiro de 2021
Hotmart
A Hotmart, plataforma de venda de produtos digitais, tornou-se um unicórnio em março de 2021. A companhia recebeu um investimento de R$ 735 milhões, liderado pela TCV e Alkeon Capital. O valor de mercado exato da companhia não foi divulgado.
Fundação: João Pedro Resende e Mateus Bicalho, em 2011
Virou unicórnio em: março de 2021
Mercado Bitcoin
Roberto Dagnoni, Chairman do 2TM; Reinaldo Rabelo, CEO do MB; Maurício e Gustavo Chamati, fundadores da empresa (Foto: Divulgação/Mercado Bitcoin)
O Mercado Bitcoin é a única fintech de criptomoedas que se tornou um unicórnio no Brasil. A empresa recebeu um aporte de US$ 200 bilhões do Softbank (mais especificamente, do Softbank Latin America Fund, fundo para startups da América Latina). A empresa foi avaliada em US$ 2,1 bilhões na rodada.
Fundadores: Mauricio Chamati, Gustavo Chamati, Rodrigo Batista, André Oda, em 2013
Virou unicórnio em: julho de 2021
Unico
A Unico, startup de identidade digital, é o mais recente unicórnio brasileiro! Antes chamada de Acesso Digital, a companhia recebeu um aporte de R$ 580 milhões liderado pelo Softbank e General Atlantic.
Fundadores: Diego Martins e Paulo Alencastro, em 2007
Virou unicórnio em: agosto de 2021
FONTE: https://app.startse.com/artigos/startups-unicornio-brasil-1-bilhao?utm_source=facebook&utm_medium=link&utm_campaign=artigo&utm_term=22092021&fbclid=IwAR3zTMftEx6NrJXlHmiohKh_SgM3cvlW89jvu0WsIBnUvwJ__JCXyu3aK_w