Startups de Energia Solar oferecem soluções que amenizam o impacto do aumento na conta de luz

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs no dia 06 de março o maior aumento na conta de luz dos mineiros desde 2008. Se aprovado, o reajuste médio da CEMIG para indústrias e demais consumidores conectados à alta tensão será de 34,41%; para os demais, a alta será de 22,73%. Segundo representantes da empresa, a falta de chuva é um dos responsáveis pela alteração nos valores, além de outros fatores como revisão tarifária e componentes financeiros.

A busca por alternativas energéticas renováveis é uma tendência já implantada por países desenvolvidos como China, Japão e Alemanha, e deve ser seguido no Brasil. Quando existem opções à energia hídrica, os custos do uso do recurso são menores e a entrega do serviço à população sofre menos impactos.

Alguns movimentos já estão sendo feitos no país para alterar esse cenário. Um deles é o da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) que, por meio da PLS 317/2015, exigirá que todos os prédios públicos da União tenham sistema de captação de energia solar e armazenamento da água de chuva. A adoção de tal medida é um passo para que empresas privadas e residências também passem a buscar outras fontes que não sejam a hídrica.

Startups que integram a comunidade do FIEMG Lab oferecem soluções em energia solar capazes de resolver muitos problemas relacionados aos custos atuais das contas de luz e ao meio ambiente. Conheça o que a Sharenergy e a SolarView oferecem para o mercado.

Energia compartilhada

O Brasil recebe altos índices de radiação solar, o que faz com que seja um potencial gerador de energia fotovoltaica. Ciente desta oferta, a startup Sharenergy criou um sistema de gerenciamento de energia solar compartilhado que pode ser usado em residências, empresas e comunidades solares.

Por meio da solução desenvolvida, um diagnóstico é feito com base na conta de luz atual do potencial cliente e em imagens de satélites da localidade onde o imóvel está inserido. A partir disso, o sistema é instalado e a captação da radiação solar começa a ser feita.

A energia gerada é transformada em eletricidade para ser usada em residências e empresas. Quando há excedente, o que não foi usado é injetado na rede elétrica e pode ser usado em qualquer propriedade de mesmo CPF ou CNPJ em até 60 meses.

Isso permite uma redução considerável na conta de energia, além de contribuir para o meio ambiente e a sociedade como um todo.

Monitoramento da geração de energia solar

A startup SolarView desenvolveu uma plataforma para monitorar a geração de energia solar em tempo real. Por meio da tecnologia criada, a empresa consegue fazer o acompanhamento do consumo de energia fotovoltaica de cada unidade geradora e de delinear o perfil dos clientes que atende, ajudando-os a entender a produção do recurso, o status e os eventos decorrentes.

A solução da startup permite também a mediação de energia consumida e injetada na rede antes de a fatura chegar, além de possibilitar que diagnósticos sejam realizados remotamente.

A empresa, que está em processo de internacionalização e abertura de escritório na Califórnia (EUA), já vendeu mais de 2 mil sistemas de monitoramento no Brasil e, com isso, alcançou 15% do mercado nacional.

FONTE: FIEMGlab