Palestras do evento TecnoAgro 2017 vão discutir inovações para o mundo do campo
Identificar uma oportunidade única ou que ninguém esteja trabalhando ainda são algumas das características das startups. O modelo de negócio que conquistou as cidades começa também a encontrar seu espaço no campo. Algumas das soluções que elas apresentam são capazes de gerar um grande impacto em toda a cadeia produtiva da agroindústria.
Muitas das vezes, as ideias e descobertas surgem a partir de uma necessidade básica do produtor. Exemplos disso são duas startups que já existem no Brasil voltadas ao mundo do campo: uma direcionada à irrigação inteligente e outra criadora de um sistema de gestão e manutenção de pragas na lavoura. Mas ainda existe uma grande variedade de nichos a serem explorados no campo, como a biotecnologia e o melhoramento genético.
A relação entre as startups e o produtor rural é um dos temas que revolucionam a agricultura e que será apresentado durante o Tecnoagro 2017, que acontece nesta sexta-feira, 24, e sábado, 25, na Arena Shopping Vitória, em Vitória.
De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), em todos as áreas, os negócios filiados à instituição já somam mais de 4,2 mil no país. Apesar desse número, o Espírito Santo concentra apenas 22 deles. Ou seja: um mercado em potencial.
Fabiana Tarabal, gestora do Pulse Hub de Inovação, empresa que tem como objetivo ajudar a gerar oportunidades de inovação para todos os segmentos, afirma que o Estado tem um potencial de crescimento enorme para as startups do setor agrícola, pois é possível fazer com que soluções de um problema simples do dia a dia no meio rural vire um negócio.
“Existem muitas oportunidades dentro do agronegócio que ainda não foram trabalhadas, como na área de tecnologia”, aponta.
De acordo com a gestora do Pulse, as startups surgem para identificar a oportunidade de melhoria e fazer com que cresçam em larga escala e de maneira rápida. E hoje a inovação em agronegócio inicia de forma digital, com a criação de sistemas e softwares para ganhar em produção, o que gera um grande potencial de expansão.
“A área digital vai desde o monitoramento de produção de sementes até a irrigação e colheita. Mas a longo prazo você tem biotecnologia, como organismo geneticamente modificado, uso de bactérias e fungos, e melhoramento genético de sementes das plantas. Essas são as grandes tendências de curto e médio prazos para as startups”, enfatiza.
DESENVOLVIMENTO
Uma das características das startups é o desenvolvimento de um produto viável, um protótipo, que já é testado pelos clientes em potencial. “Nesse processo você testa, aprende os resultados e evolui esse protótipo desenvolvendo o produto final”, comenta Tarabal.
De acordo com a gestora do Pulse Hub de Inovação, “nessa lógica, antes de terminar o produto já se começa a testar-lo”. Outro ponto, é a possibilidade de trabalhar a partir de alguma tecnologia já existente, aprimorando sua utilização ou desempenho.
CONECTIVIDADE
Muitas startups precisam de um primeiro cliente, e quanto mais difícil forem as condições, melhor para o desenvolvimento das startup. “Em muitas aplicações tecnológicas, não significa necessariamente que é preciso ter a internet ali, mas ter alternativas em algum momento para se conectar a ela. As próprias startups conhecem esse desafio de colher as informações”, explica Tarabal.
Segundo ela, a inovação surge quando você desenvolve a solução de um problema e a tecnologia que as startups de agro utilizam é algo que existe. “Na maioria das vezes, é preciso juntar as tecnologias existentes para um benefício maior”.
Confira a programação do Tecnoagro
Local: Arena Shopping Vitória, em Vitória.
Data: 24/11, das 8h30 às 21 horas, e 25/11, das 9 às 21 horas.
Inscrições: Gratuitas, pelo site http://especiais.gazetaonline.com.br/tecnoagro/.
Sexta-feira (24)
PALCO PRINCIPAL
8h30: Abertura
Das 9 às 10h30: Painel: A reinvenção do agronegócio.
Das 11 às 12h: Avanços da agricultura de precisão e potencialidades para as principais cadeias produtivas do ES.
Das 17 às 18h: Painel: Simplificação do processo das agroindústrias.
Das 18 às 19h: Painel: Cachaça – Tradição e Tecnologia
Das 18 às 21h: Encerramento.
Auditório 1
Das 9 às 11h: 2º Painel Rural.
Das 14 às 15h: Tecnologias digitais dão novos ares à gestão do agronegócio.
Das 15 às 16h: Café conilon e café arábica: novas tecnologias.
Das 16 às 17h: Pós-colheita de café: experiências de sucesso para cafés de qualidade superior.
Das 17 às 18h: O café como vetor de interiorização do desenvolvimento.
Auditório 2
Das 11 às 12h: Flores convencionais e tropicais.
Das 14 às 15h: Uso de orgânicos para aumento de produtividade.
Das 15 às 16h: Aplicação de Geotecnologias na Agricultura.
Das 16 às 17h: Produção de Citrus no ES.
Das 17 às 18h: Panorama da fruticultura no Espírito Santo.
Auditório 3
Das 14 às 15h: Políticas Ambientais no Brasil.
Das 15 às 16h: Incaper: Balanço Social.
Das 16 às 17h: Projeto Biomas Mata Atlântica.
Das 17 às 18h: Interação startups e grandes empresas para radicalizar o agronegócio.
Sábado (25)
PALCO PRINCIPAL
9h: Sistemas de Informação e Gestão de Produção.
Das 11 às 12h: A importância do leite em todas as idades.
Das 17 às 18h: Painel: Nelore.
Das 18 às 19h: Painel: Cervejas artesanais no contexto da economia criativa.
Das 18 às 21h: Encerramento.
Auditório 1
Das 14 às 15h: Qualidade dos ovos no ES.
Das 15 às 16h: A qualidade do cacau capixaba.
Das 16 às 17h: Posicionamento do mamão capixaba no mercado nacional.
Das 17 às 18h: Comercialização dos produtos da Agricultura Familiar.
Auditório 2
Das 14 às 15h: Inovações tecnológicas na pecuária leiteira.
Das 15 às 16h30: Cooperativismo, cenários e oportunidades no ES.
Das 16h30 às 18h: Produção de leite a pasto e Sustentabilidade no ES.
Auditório 3
Das 14 às 15h: Indicação geográfica de produtos tradicionais: um caso da carne de sol.
Das 15 às 16h: Projeto Cores da Terra: Pintando o Brasil.
Das 16 às 17h: Agroecologia e Agricultura Orgânica.
FONTE: GAZETA ON LINE