Startups criam materiais para substituir o plástico

Há pouco tempo para salvar os oceanos. Se nada mudar, até 2050 haverá no mar mais polímeros que peixes

Todos os anos, despejamos 8 milhões de toneladas de plástico nos oceanos. Se o ritmo continuar, até 2050 haverá no mar mais polímeros que peixes. Para evitar essa catástrofe, a velejadora inglesa Ellen MacArthur, no comando da fundação que leva seu nome, debate a questão com empresários e executivos. Quer que grandes companhias reduzam o uso de plástico em embalagens. Por ora, tem acordos com Coca-Cola, L’Oréal, Mars, Pepsico, Unilever e Walmart (até 2025, todas usarão 100% de embalagens plásticas recicladas ou facilmente recicláveis).

Fortalecida por essa rede de apoios, sua mais recente iniciativa foi um concurso que premiou com US$ 2 milhões empreendedores capazes de oferecer alternativas a embalagens plásticas ou torná-las mais facilmente recicláveis. Houve dez vencedores, cinco deles anunciados durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. Uma premiada, a americana Full Cycle Bioplastics, apresentou um plástico com propriedades magnéticas, para uso em embalagens de salgadinhos ou cápsulas de café. Esse tipo de embalagem geralmente usa também alumínio, o que torna a reciclagem cara e complexa. O produto da Full Cycle facilita a separação das camadas. “Ficamos impressionados com as soluções”, disse Ellen.

Ideias (Foto:  )

HOMEM EXIBE PLÁSTICO COM PROPRIEDADES MAGNÉTICAS, PARA USO EM EMBALAGENS DE SALGADINHOS OU CÁPSULAS DE CAFÉ (FOTO: )

FONTE: ÉPOCA