Startup utiliza inteligência artificial para identificar tendências de moda

A Coleção Moda ajuda estilistas a mapear mudanças de comportamento de consumo e a identificar os fornecedores mais acessíveis que possuem os produtos mais desejados

Conhecer as tendências e as preferências de seu público é necessário para todas as marcas e agentes que atuam no mercado da moda. Como forma de facilitar esse processo, a startup Coleção Moda está utilizando a inteligência artificial para trazer a tecnologia também para a indústria têxtil.

Se a cor vermelha foi a mais presente nas passarelas das principais grifes, a inteligência artificial utilizada pela startup será capaz de reconhecer e apresentar quais foram as peças que traziam a cor. A tecnologia é capaz de reconhecer cor, modelagem e estampas, auxiliando na criação de coleções e no trabalho de estilistas do início ao fim.

“A nossa inteligência artificial atua inclusive nas boas práticas. Hoje o estilista tem que produzir a peça piloto para saber se a ideia vai dar certo – nós queremos que a máquina avise antes se vai dar certo ou não”, comenta Thielle Biff, CEO e co-fundadora do Coleção Moda, no Beauty & Fashion Day da StartSe que aconteceu neste sábado (24).

Influenciando no setor de negócios, o Coleção Moda oferece uma plataforma para que os estilistas e produtores têxtis administrem seus negócios. “Ao invés de atender um milhão de fornecedores, a inteligência artificial fala qual é a tendência, os fornecedores que possuem o tecido e seus preços”, afirmou Biff.

Dessa forma, a ferramenta é capaz de registrar todo o andamento da construção das coleções – quantas peças das planejadas já foram criadas e quais as estampas e cores utilizadas. “Eu consigo visualizar tudo o que estou fazendo na coleção, fazendo o upload do desenho técnico, colocar filtro nos tecidos e visualizar todos da mesma família, subir na nuvem os arquivos das estampas em PSD, ficha técnica no Corel ou Illustrator – todo o histórico da peça se concentra em um lugar só, você não precisa de milhões de pastas”, disse a CEO.

Para a construção da plataforma, cada sócio investiu 300 reais durante três anos. Criada em 2015, o incentivo veio mesmo ao ganhar o prêmio Sinapse de Inovação, em Santa Catarina, no qual a startup recebeu um aporte financeiro de R$ 100 mil. Neste ano, após comercializar a ferramenta para outras empresas do setor, a startup atingiu seu breakeven – ou seja, começou a se tornar lucrativa.

FONTE: StartSe