STARTUP UTILIZA FUNGOS PARA COMBATER PRAGAS NA AGRICULTURA E RECEBE INVESTIMENTO DE R$ 6 MILHÕES

Para combater a mosca branca, a Gênica desenvolveu um inseticida com o fungo Beauveria bassiana (Foto: Pexels)

A aplicação de fungos e bactérias para combater as pragas nas plantações tem se tornado comum na agricultura. Com intuito de reduzir a quantidade de defensivos químicos nas lavouras, muitos produtores têm utilizado o controle biológico como ferramenta para vencer a “guerra” contra as temidas pragas. De olho nesse mercado, o empreendedor Fernando Reis, de 36 anos, criou a Gênica, uma empresa que usa a biotecnologia para desenvolver produtos para a agropecuária.

Fernando sempre teve o pezinho no  “agro”. O empreendedor se formou em engenharia agronômica na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP)  e logo depois fundou uma empresa de fertilizantes (Fast Agro). Em 2015, ele decidiu expandir os negócios e fundou a Gênica.

Situada em Piracicaba, São Paulo, a startup já recebeu R$ 6 milhões de investimento do Fundo SP Ventures.

“Atualmente, devido ao uso muito intenso de defensivos, as pragas estão mais resistentes. O controle biológico aliado ao químico diminui a ocorrência de resistência por parte das doenças”, diz o engenheiro. Segundo ele, a empresa possui 10 produtos e já faturou R$ 5 milhões.

Soluções sustentáveis

A mosca branca é uma das principais vilãs das plantações de soja. Para combatê-las, a Gênica desenvolveu um inseticida com o fungo Beauveria bassiana. “São agentes benéficos que combatem o focos de doenças”, afirma Fernando.

Recentemente, a empresa também produziu uma vacina para fortalecer a soja e evitar que a cultura desenvolva ferrugem asiática. Apesar de investir no controle biológico, o empreendedor não aconselha descartar totalmente os defensivos químicos. “Nós temos que  combinar. Não dá para usar apenas defensivos químicos e nem apenas o controle biológico”, diz.

Os produtos são desenvolvidos em laboratórios em parceria com os professores da Esalq e depois são vendidos diretamente para os produtores.

FONTE: Pequenas Empresas Grandes Negócios