Startup NINA é novo canal de combate à violência contra as mulheres

Se os dados oficiais são falhos, a startup NINA surgiu com o objetivo de  reunir estatísticas que sejam um meio de pressão em busca de políticas públicas que atuem na prevenção e combate da violência contra as mulheres dentro dos meios de transporte. Para isso, a empreendedora pernambucana Simony Cesar teve a ideia de criar uma tecnologia integrada e diversos aplicativos para padronizar, centralizar e rastrear as denúncias de assédio e violência na mobilidade urbana.

Como funciona a tecnologia da startup NINA

A tecnologia desenvolvida pela startup notifica os casos de violência na mobilidade e os recursos auxiliam no enfrentamento do problema tanto nos meios de transportes quanto em espaços urbanos.

Alicerçada em dados, a contagem será uma forma de pressionar os governos a criarem parcerias público e privada no combate e prevenção da violência contra a mulher, construindo ambientes mais inclusivos. 

81% das mulheres já sofreram assédio na mobilidade urbana

Intitulada “Percepções sobre segurança das mulheres nos deslocamentos pela cidade”, uma pesquisa conduzida pelos Institutos Locomotiva e Patrícia Galvão mostrou que 81% das mulheres já sofreram algum tipo de violência nos seus deslocamentos pela cidade.

Com a pandemia da Covid-19, 77% delas disseram sentir mais medo de sair de casa. Segundo relatório de 2018 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada 4 segundos acontece um assédio no transporte público. Ou seja, o público feminino é considerado mais vulnerável e passível de agressões ao circular pelos espaços urbanos.

assedio mulheres
Mulheres utilizam mais transportes públicos em comparação aos homens e estão mais suscetíveis a crimes de violência e importunação sexual; startup pretende criar banco de dados real sobre a problemática. Imagem: Shutterstock

Além disso, as mulheres têm maior presença no transporte coletivo e até mesmo nos deslocamentos a pé em comparação aos homens, sendo vítimas frequentes de importunação sexual, principalmente nos espaços urbanos.

Sendo crime desde 2018, a importunação sexual também está na mira da NINA, que pretende solucionar essa deficiência no registro dos dados por meio de um canal unificado, bem estruturado e focado na solução de casos de violência contra a mulher registrados na mobilidade urbana.

FONTE: https://olhardigital.com.br/2022/02/09/pro/startup-nina-e-novo-canal-de-combate-a-violencia-contra-as-mulheres/