Startup leva robôs de atendimento ao Magazine Luiza e ao Poupatempo

Nama cria chatbots que dão agilidade e escala a contatos entre empresa e consumidor. Startup foi uma das selecionadas para edição de 2019 do 100 Startups to Watch

Se você quer tirar uma dúvida simples com uma empresa – o status do seu pedido ou a segunda via de um boleto, por exemplo –, há boas chances que você seja atendido por um robô da Nama. A startup foi criada há seis anos e já atende 17 empresas de grande porte.

A Nama foi selecionada na última edição do 100 Startups to Watch. A lista é uma amostra do que o Brasil tem de mais promissor em inovação, com empresas que demonstram potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar indústrias. Acesse o site e cadastre sua startup até 29 de fevereiro no 100 Startups to Watch 2020.

 Ideia de negócio: robôs para atendimento em empresasA Nama foi criada em 2014. A ideia surgiu de uma empresa anterior do comunicador e empreendedor Rodrigo Scotti, que programa desde a adolescência. A Das Dad utilizava inteligência artificial e processamento de linguagem natural para recomendar notícias. Logo Scotti percebeu que a mesma tecnologia poderia ser aplicada para facilitar a comunicação entre empresas e seus consumidores – uma demanda cada vez maior com a popularização dos mensageiros, como o WhatsApp.

Nasceram assim os robôs de atendimento da Nama, ou algoritmos dotados de inteligência artificial que identificam padrões de linguagem em perguntas e as respondem adequadamente. Também conhecidos como chatbots, eles levam o mesmo nível de atendimento a todos os canais das empresas. Exemplos são chats nos sites corporativos, aplicativos de mensagem ou SMS.

Redução de custos da companhia e melhora na experiência do consumidor foram trunfos de expansão da startup – além do pioneirismo. “Começamos a desenvolver uma empresa de chatbots antes de a tecnologia se expandir no país. Temos histórico para sempre aprimorar nossa inteligência artificial”, diz Scotti.

A Nama atende hoje 17 clientes de grande porte, como Americanas, Burger King, Magazine Luiza e Poupatempo. Além de redução de custos com atendimento e aumento na velocidade de resposta, os chatbots organizam atendimento e recolhimento de dados dos clientes em uma única plataforma – a da Nama.

A startup desenvolveu a Lu, assistente virtual do Magazine Luiza, e também o Poupinha, chatbot do Poupatempo. A Lu tem 270 mil usuários ativos por mês, com taxa de compreensão de mais de 94% das solicitações realizadas.

Já o Poupinha foi criado no final de 2016, após a Nama vencer a competição de apresentações PitchGov, do Governo do Estado de São Paulo. O Poupinha trocou mais de 130 milhões de mensagens com os usuários do serviço Poupatempo, concluindo mais de 3,4 milhões de agendamentos de serviços no estado de São Paulo.Crescimento dos chatbots
A Nama atraiu programas de aceleração e investidores. O negócio recebeu um investimento anjo de R$ 700 mil. Depois, a startup participou de uma residência no Google for Startups (2016 e 2017) e de um programa na Universidade de Toronto (Canadá) chamado Creative Destruction Lab (2017).

Em maio de 2019, a Nama foi selecionada para o 100 Startups to Watch. Após alguns meses, captou um aporte de R$ 2,5 milhões pela plataforma de equity crowdfunding Eqseed. “Depois de anos de experimentação, vimos que a solução recebia cada vez mais procura e escalava. As dificuldades de adesão e de tração foram superadas”, diz Scotti.

A Nama desenvolveu para este ano uma nova versão de sua inteligência artificial, que deve entender mais formas de perguntar a mesma coisa. Tais chatbots mais complexos estão sendo implementados nas empresas atendidas pela Nama. Para os robôs, o bom atendimento está apenas começando.

FONTE: PEGN