STARTUP INOVA E CRIA ‘AIRBNB DO BANHO’ PARA QUEM QUER IR DE BICICLETA AO TRABALHO

Empresa oferece vestiário em contêiner com chuveiro, bicicletário e guarda-roupas

Negocios Disruptivos

Rodrigo e o irmão Renato criam o vestiário para quem quer tomar banho antes do trabalho (Foto: Divulgação)

A ausência de um local para trocar de roupa e guardar a bike pode ser um entrave para quem quer usar a bicicleta para se locomover para o trabalho. Foi pensando nisso que Rodrigo Mesquita, de 36 anos, criou a Cipó, uma startup que oferece serviços de vestiário com chuveiro, bicicletário e guarda-roupas em contêiner para pessoas que querem ir de bicicleta ou correndo para o trabalho. Por enquanto, o serviço só está disponível em São Paulo.

A ideia surgiu há um ano, quando vendi meu carro, pois não via mais motivo para ter um. Passei a adotar outros modais e a bike foi uma das opções, pois gosto de esporte de rua, economiza tempo e é mais sustentável. Com as novas ciclovias construídas em São Paulo, minha primeira experiência foi ir de bicicleta de onde moro, no bairro Pinheiros, até o MBA que faço na Vila Olímpia. E aí surgiu o problema: cheguei pingando no curso e a escola não tinha chuveiro — explica ele, que tem como sócio o irmão Renato, de 34 anos.

IDEIA NO MBA

Rodrigo usou a ideia — uma espécie de “Airbnb do banho” — como tema do trabalho de final de curso do MBA e passou a estudar este mercado.

— Sou engenheiro agrônomo e trabalho há mais de 10 anos no agronegócio com pequenas e médias empresas. Mas, nos últimos anos, estava me sentindo insatisfeito com esse modelo mais tradicional de trabalho, e comecei a procurar outras coisas — conta.

Nestas pesquisas sobre a Nova Economia, ele passou uma semana no Vale do Silício, a meca da inovação e empreendedorismo, entendendo como as empresas estão mudando sua forma de pensar e agir. Na volta ao Brasil, criou a Cipó.

— Montei um MVP (Produto Mínimo Viável) para validar a ideia. Em um ponto no Itaim Bibi, na Avenida Horácio Lafer, aluguei uns contêineres adaptados com a estrutura necessária e os instalei em um estacionamento. Em menos de um mês, conseguimos 25 pessoas cadastradas, sendo que algumas já começaram a usar o serviço frequentemente — relata o empreendedor.

Para 2018, a expectativa de Rodrigo é lançar um aplicativo, instalar o serviço em pelo menos 10 pontos em São Paulo e iniciar o processo de ampliação para outras cidades.

— Já recebi ofertas para levar para outros pontos da cidade. Em geral, os clientes são homens e mulheres de 20 a 45 anos — explica, ele, que prefere não revelar dados sobre investimento e faturamento por enquanto, pois está em conversa com investidores.

— Nossa missão é contribuir para uma cidade eficiente e saudável, que seja mais voltada para as pessoas e menos dependente de carros — diz.

FONTE: Pequenas Empresas Grandes Negócios