STARTUP FAZ SUCESSO COM SISTEMA DE GESTÃO DE CONDOMÍNIO

A Superlógica aposta em software de gestão e solução para empresas que recebem pagamentos recorrentes e faturou R$ 10 milhões em 2016

A Superlógica facilita a gestão de condomínios e também oferece soluções de pagamentos recorrentes (Foto: Pexels)

As grandes cidades brasileiras passaram, nas últimas décadas, por um processo de verticalização. Isso significa que o número de pessoas que moram em condomínios aumentou. Quem mora em prédios costuma pagar uma taxa mensal para pagar o salário de porteiros e zeladores e custear eventuais reformas. A gestão do condomínio, seja feita por um síndico ou por uma administradora profissional, deve prezar por um bom uso do dinheiro.

Uma startup enxergou uma oportunidade de negócio neste cenário: a Superlógica, empresa de Campinas que criou um software de gestão especial para condomínios.

A Superlógica foi criada em 2001, em Campinas. Fundada pelos paulistas Carlos Cêra, 38 anos, Luis Fernando Cêra, 36, e Lincoln César do Amaral Filho, 66, a empresa nasceu criandosoftware sob encomenda. A empresa até fez algum sucesso, mas o modelo de negócio não era escalável. “Era difícil crescer da maneira que gostaríamos. Por isso, decidimos buscar um mercado mais rentável”, afirma Carlos Cêra.

Ainda em 2001, a Superlógica apostou no mercado de condomínios. “Este é um mercado grande e que se profissionaliza mais a cada dia. Vimos que poderíamos fazer sucesso no setor”, diz o empreendedor.

O sistema de gestão da Superlógica facilita a organização das contas, a geração de relatórios, o agendamento de envio dos boletos e a cobrança de inadimplentes por e-mail e SMS. Tudo fica na nuvem. Além disso, os condôminos podem usar o sistema para pedir a segunda via de boletos e reservar áreas comuns do prédio.

Em março deste ano, a Superlógica fez uma parceria com a MasterCard que permite o pagamento da taxa de condomínio no cartão de crédito – tal cobrança é normalmente feita no boleto bancário. “Com a novidade, a conta cai diretamente na fatura de cartão dos moradores dos condomínios que usam a nossa solução”, afirma Cêra.

Carlos Cêra, sócio-fundador da Superlógica (Foto: Divulgação)

Foco na “economia da recorrência”
Além da gestão de condomínios, cujas receitas hoje correspondem a 20% do faturamento da Superlógica, a startup campineira aposta em empresas que recebem pagamentos recorrentes.

A empresa oferece sistema de gestão especializados neste tipo de negócio, com a emissão de pagamentos em boletos e cartão de crédito. O software também emite notas fiscais eletrônicas. A Superlógica têm softwares especializados para negócios que recebem pagamentos recorrentes, como empresas de software, clubes de assinatura, escolas, academias, empresas de comunicação visual, sindicatos e clubes, entre outros.

A Superlógica ganha dinheiro com a assinatura de seus sistemas de gestão. O software para condomínios, por exemplo, tem preços mensais que variam entre R$ 299 e R$ 3,5 mil. Além disso, ganha um porcentual não revelado dos pagamentos que emite para empresas de pagamentos recorrentes.

Em 2016, a Superlógica faturou R$ 10 milhões. Para este ano, a meta da startup é triplicar sua receita. Em agosto, a empresa organizará, em Campinas, o Superlógica Xperience, um evento que discutirá o mercado de pagamentos recorrentes e terá 30 palestrantes nacionais e internacionais.

De acordo com Cêra, a empresa também está negociando com um banco para transformar seus sistemas de gestão em contas digitais. “Para nós, o banco do futuro vai estar integrado a plataformas como a nossa”, afirma o empreendedor.

FONTE: Pequenas Empresas Grandes Negócios