Startup de Abu Dhabi usa IA para transformar ensino em escolas públicas

Um sistema de inteligência artificial coleta os dados de milhares de estudantes e adapta os conteúdos para diferentes formatos, de acordo com o grau de dificuldade de cada um

NAS REDES PÚBLICAS DE ENSINO DE ABU DHABI E AL AIN, 25 MIL ALUNOS USAM UMA PLATAFORMA COM IA (FOTO: REPRODUÇÃO/CNN)

Salas de aula com telas nos lugares da lousa, dos livros e dos cadernos. É assim que 25 mil alunos de 57 escolas públicas de Abu Dhabi e Al Ain, nos Emirados Árabes aprendem matemática, ciências e inglês. Por meio de uma plataforma digital, eles aprendem conteúdos que são adaptados de acordo com o grau de dificuldade de cada um. O sistema, criado pela startup Alef Education, usa inteligência artificial (IA) para coletar e personalizar os dados.

“Todos os dias, capturamos milhões de dados sobre os estudantes”, disse o CEO da Alef Education, Geoffrey Alphonso, à CNN. Ele contou como funciona o sistema. Para começar, os estudantes criam seus próprios avatares. Depois, podem acessar o conteúdo do curso por meio de vídeos, animações e outros conteúdos digitais. Se o sistema capta alguma dificuldade, reprograma as atividades para que o aluno aprenda os conceitos de outra forma.

sistema de inteligência artificial identifica ainda em quais temas o aluno tem mais facilidade. Depois, envia feedback instantâneo para o professor e para os pais. “Se um estudante está indo muito bem em ciências, por que não despertar seu interesse nas profissões de cientista ou astronauta?” diz Alphonso. “Essa é a nossa meta: usar todos esses dados para criar um caminho de aprendizagem individual”.

O CEO afirma não captar informações pessoais dos estudantes, para proteger sua privacidade. O uso das telas está restrito a três horas e meia por dia. No restante do dia, os alunos realizam atividades práticas, nas quais podem interagir e realizar experimentos.

A startup trabalhou com o governo dos Emirados Árabes para a implantação do novo sistema nas escolas públicas. Além disso, atua em duas instituições privadas do país e mais duas em Nova York, nos Estados Unidos. A proposta é expandir para outros países e atender um bilhão de alunos nos próximos 10 anos.

FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS