“Startup cresce 50% ao ano com modelo inovador de educação”

“O curso superior em marketing não foi suficiente para André Tanesi, de 34 anos, se sentir satisfeito com sua formação profissional. Tampouco um MBA em negócios. Para o empreendedor, se manter qualificado não significa apenas estar matriculado em uma instituição regular de ensino, mas também realizar cursos pela internet, ler artigos, participar de eventos e, principalmente, trocar informação com outros profissionais. Ou seja, é um aprendizado contínuo.

Diante desta inquietude positiva, Tanesi fundou em 2013 a Descola, startup de cursos livres e criativos à distância que há quase dois anos é residente do Cubo Itaú, maior hub de empreendedorismo da América Latina. Entre os treinamentos oferecidos pela empresa, estão os de mentalidade ágil, UX Writing, empatia e economia colaborativa.”

““Com o avanço da tecnologia, uma carreira poderá ser formada por modelos diferentes e complementares de ensino, como workshops, intercâmbios e cursos livres”, exemplificou o sócio da Descola, que é uma das 14 startups que fazem parte da vertical da Cogna, holding da Kroton, destinada à educação do Cubo.”

“Em sete anos, a edutech acumula pouco mais de 88 mil usuários, que buscam principalmente cursos de curta duração ligados à comunicação e à criatividade. Ao atender uma demanda não oferecida por instituições tradicionais, a escola virtual cresceu 50% em faturamento em 2019 em relação ao ano imediatamente anterior.

“A plataforma oferece um modelo prático e leve de aprendizado. Não queremos substituir a graduação, mas sim complementá-la”, explicou o profissional de marketing, que deseja transformar o ensino regular.

Rodada de investimento
Segundo Tanesi, a Descola participou de três programas de aceleração desde 2013 — em Minas Gerais, em Portugal e no Chile —, dos quais recebeu R$ 300 mil no total. No entanto, a startup ainda não captou investimentos. “Estamos negociando a primeira rodada agora e devemos concluir a operação em março”, adiantou, sem revelar valores.

Pai de primeira viagem, Tanesi não sabe qual carreira a filha de dois meses vai trilhar quando atingir a fase adulta. Por outro lado, já imagina como Sara vai construir o currículo para acumular as competências solicitadas pelo mercado de trabalho do futuro. “Ela vai poder mesclar um ano de faculdade com um ano de trabalho e um ano de intercâmbio, por exemplo. Vai montar a própria grade curricular com as disciplinas que achar mais relevante. Sei que ela vai construir uma carreira mais inteligente.””

FONTE: GAZETA DO POVO