ATUALIZAÇÃO (24/06 às 23h): quase aos 45 do segundo tempo, a SpaceX anunciou às pressas que precisará reagendar o lançamento, que começaria pouco depois da meia-noite, para as 3h30 da madrugada (horário de Brasília). A empresa fez o anúncio em sua conta no Twitter, mas até agora não explicou os motivos para adiar em três horas o lançamento. Abaixo, você confere a matéria original na íntegra:
Se essas novas tecnologias se mostrarem resilientes às adversas condições espaciais, elas poderão evoluir para a criação de ferramentas valiosas para o futuro da exploração espacial. Além das cargas científicas, o lançamento envolve ainda 24 satélites do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, e como colocar tantos satélites em órbita duma só vez é uma tarefa delicada, além de posicionar os demais equipamentos, Elon Musk chegou a dizer que este voo será o mais difícil da empresa. É que os 24 satélites precisam ser deixados em três órbitas separadas, então o foguete religará seus motores até quatro vezes dentro de seis horas para que cada satélite seja liberado na hora e posição certa.
Relógio atômico da NASA
O Deep Space Atomic Clock é um pequeno relógio mais ou menos do tamanho de uma torradeira, só que é mais preciso do que qualquer relógio da Terra — que podem acelerar ou desacelerar ao longo do tempo. O relógio atômico levará, em teoria, até 10 milhões de anos para apresentar um descompasso de um segundo.
A NASA já usa relógios baseados em mercúrio aqui na Terra, mas esses aparelhos são enormes — do tamanho de um refrigerador —, com dimensões que impedem seu lançamento ao espaço. E outros relógios atômicos menores chegaram a ser lançados ao espaço pela agência, só que eles não eram capazes de manter sua precisão por tanto tempo quanto será o Deep Space Atomic Clock.
Dessa maneira, o lançamento do novo relógio atômico é uma demonstração da nova tecnologia, com a NASA depois analisando se o relógio baseado em mercúrio com dimensões tão enxutas será capaz de funcionar no espaço e manter precisão por tanto tempo quanto prevê. Testes e análises acontecerão ao longo do próximo ano.
Caso o Deep Space Atomic Clock se mostre um sucesso, a ideia é desenvolver outros relógios atômicos do tipo que poderão ajudar espaçonaves a navegar pelo espaço profundo em um futuro não muito distante. Com a tecnologia atual, naves dependem dos controles terrestres para navegar — sondas em Marte, por exemplo, hoje precisam esperar entre quatro e 20 minutos para receber comandos enviados da Terra. Então, se esses exploradores espaciais do futuro contarem com pequenos relógios atômicos em sua estrutura, eles poderão eliminar essa dependência com o nosso planeta, ficando cada vez mais autônomos e precisos.
Propulsão “verde”
“Verde” no sentido de eliminar o uso de materiais tóxicos de propelentes. O Green Propellant Infusion Mission (GPIM), também da NASA, é um veículo que funciona com um novo tipo de propelente desenvolvido pela Força Aérea dos EUA para servir como uma alternativa à hidrazina, que hoje é usada na maioria dos motores de satélites.
O novo material, caso o teste em órbita seja bem-sucedido, será uma boa notícia à indústria espacial: é que a hidrazina pode ser muito reativa à temperatura ambiente e, com isso, emitir gases tóxicos. Ela é transportada em recipientes metálicos especiais e em caminhões com segurança contra explosivos, e as pessoas que participam do transporte precisam usar equipamentos específicos de proteção. Tudo isso, além de ser perigoso, ainda adiciona mais custos e mais tempo para que esse manejo seja feito.
O GPIM será arduamente testado ao longo do próximo ano no espaço, até que o que restar de combustível será usado para a realização de uma manobra para que ele tenha sua altitude reduzida. Então, ele reentrará na atmosfera da Terra, onde será destruído.
Vela solar de Carl Sagan começa a virar realidade
A tecnologia idealizada pelo cofundador da Sociedade Planetária está dando mais passos para, quem sabe, se tornar uma realidade. A ideia é impulsionar naves pelo espaço sem o uso de nenhum tipo de combustível — apenas a luz do Sol.
FONTE: CANAL TECH