SpaceX lança 1º satélite do mundo capaz de identificar emissões de carbono do espaço

Satélite irá detectar e quantificar as emissões de dióxido de carbono, ajudando a criar estratégias para combater o aquecimento global.

Um dos principais desafios da humanidade é reduzir as emissões de dióxido de carbono, responsáveis pelo aquecimento global, na atmosfera. E toda a ajuda nesse sentido é bem-vinda. Nesse sentido, a SpaceX lançou o primeiro satélite do mundo capaz de detectar fontes industriais de emissões de carbono do espaço.

Satélite foi lançado no último sábado

  • O satélite, chamado Vanguard, será capaz de detectar emissões de usinas individuais a carvão e gás, grandes refinarias de petróleo, siderúrgicas e outras instalações industriais poluentes.
  • Ela foi lançada na missão Transporter 9 da SpaceX, no último sábado (11), junto com dois novos satélites de monitoramento de metano da constelação GHGSat.
  • O satélite Vanguard orbitará a Terra a uma altitude de 500 km, obtendo imagens de cada ponto do planeta a cada duas semanas.
  • As informações são da Space.com.

Emissões de dióxido de carbono serão monitoradas do espaço

Desenvolvido pela empresa GHGSat, com sede em Montreal, no Canadá, o satélite usa um novo instrumento inventado pela empresa e previamente ajustado em sua frota existente de satélites que monitoram as emissões de metano, outro perigoso gás de efeito estufa.

A GHGSat lançou seu primeiro satélite de monitoramento de metano, um demonstrador chamado Claire, em 2016. Desde então, construiu uma reputação por sua capacidade inovadora de detectar vazamentos de metano de gasodutos.

A equipe agora retreinou seu instrumento, um dispositivo inovador chamado Interferômetro Fabry-Pérot de Grande Angular, para detectar e quantificar as emissões do gás de efeito estufa mais comum, o dióxido de carbono.

O presidente da GHGSat, Stephane Germain, explicou que o instrumento detecta a presença dos gases de efeito estufa analisando o padrão único de absorção de luz de uma coluna de ar acima de cada ponto da Terra. Cada molécula química absorve luz de forma diferente e, analisando as medições, os pesquisadores podem detectar a presença e quantificar a quantidade do gás específico em que estão interessados.

Como as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera da Terra são, em geral, muito mais altas do que as do metano, outros satélites já tiveram dificuldade em tentar detectar fontes individuais produzidas pelo homem.

No entanto, em janeiro deste ano, pesquisadores usando dados do Observatório de Carbono Orbital 2 (OCO-2) da NASA conseguiram medir as flutuações nas emissões de dióxido de carbono produzidas pela maior usina a carvão da Europa. Agora, o novo satélite do GHGSat fornecerá essas medições diariamente, ajudando na criação de estratégias para diminuir a emissão de CO2 na atmosfera.

FONTE:

https://olhardigital.com.br/2023/11/14/ciencia-e-espaco/spacex-lanca-1o-satelite-do-mundo-capaz-de-identificar-emissoes-de-carbono-do-espaco/