Diante de um consumidor cada vez menos propenso a sair de casa para comprar, o desafio é trazer atrações que exijam presença física e estimulem maior fluxo nos malls
Áreas para pet, kart, aula de balé, paint ball e espaço para coworking. Essas são algumas das atrações que os administradores de shoppings têm criado para garantir que o consumidor – hoje tão conectado – tenha uma razão além da compra tradicional para visitar os empreendimentos.
Em sintonia com o raciocínio do presidente da Abrasce, o consultor em inovação e empreendedorismo do Vale do Silício Salim Ismail afirma que a incursão de novas tecnologias e a complementariedade entre o mundo físico e digital se torna cada vez mais vital nas propostas de negócios dos shopping centers. “Conseguir realizar a transição de um modelo tradicional para algo novo é doloroso em muitos os casos, mas é necessário”, afirmou.
O futuro é agora
Tentando mapear como serão os malls nos próximos anos, a administradora Sonae Sierra lançou durante a Exposhopping 2018, uma ação que une Realidade Aumentada e Realidade Virtual e permite ver como seria o shopping do futuro.
Na avaliação da diretora de marketing e comunicação da Sonae Sierra Brasil, Laureane Cavalcanti, os malls do futuro terão cada vez mais espaços de conveniência e lazer, e os recursos tecnológicos serão fundamentais. “Vamos mostrar um espaço que seja mais que um lugar para consumir. É uma jornada completa para que o cliente passe mais tempo dentro do shopping para usar serviços, trabalhar, cuidar da saúde e vivenciar experiências memoráveis”, conta.
Para planejar o futuro, no entanto, é preciso que as lideranças atuais dos shoppings comecem a inovar. Na avaliação de Salim, ainda há muito conservadorismo na administração dos malls e isso pode “minar” essa mudança de paradigma. “Uma das saídas para esse caso também é atualizar a equipe de liderança do empreendimento por um grupo de colaboradores flexíveis ao mundo moderno”, declarou.
Por fim, outro ponto de contato entre a perspectiva do presidente da Abrasce e o consultor do Vale do Silício é a concepção de que o shopping pode ser visto como “um espaço de convivência e prestação de serviços”. Segundo Salim, há possibilidade desse tipo de empreendimento abrigar consultórios médicos e centros de diagnóstico médico.
FONTE: DCI