Sharp vai usar fábrica de TVs para produzir máscaras descartáveis

Sharp anunciou que vai converter uma fábrica de displays LCD e montagem de televisores em uma unidade de produção de máscaras descartáveis. De acordo com a empresa, o processo deve ser finalizado até o final de março e inicialmente terá potencial de entregar 150 mil unidades por dia, podendo chegar a mais de 500 mil nas semanas seguintes, na medida em que o processo for sendo aperfeiçoado.

 A unidade fica em Kameyama, no Japão, e foi escolhida pelos altos padrões de higiene e limpeza necessários para o processo de fabricação de displays LCD, que agora serão aplicados também às máscaras. A Sharp, entretanto, não teria fechado acordos de distribuição para os produtos ou informado valores de venda direta, deixando a finalidade dos itens ainda em aberto.

Em comunicado, a companhia disse apenas que pretende dar sua contribuição à sociedade e também atender a uma necessidade do país com a conversão da fábrica. A declaração, entretanto, é curta, não trazendo detalhes sobre a empreitada nem sobre a maneira pela qual essa mudança pode alterar na oferta de produtos eletrônicos da companhia, cujas fábricas também já reduziram o ritmo e dispensaram funcionários por conta da epidemia do novo coronavírus.

Seja como for, trata-se de uma mudança de negócios que vem para atender a uma necessidade de saúde pública. Em períodos como primavera e inverno, é comum o uso de máscaras cirúrgicas como medida de proteção pelos japoneses, um aspecto que só se intensificou com a epidemia causada pelo SARS-CoV-2 e fez com que os produtos sumissem das prateleiras, deixando até mesmo instituições de saúde com estoque limitado.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde, entretanto, é para que o público não utilize máscaras descartáveis como uma medida de proteção, a não ser que estejam com sintomas do coronavírus ou sob suspeita. Caso contrário, o uso dos itens não serve como medida preventiva e ainda dificulta o acesso de profissionais de saúde aos artigos essenciais para o atendimento à população em postos de saúde e hospitais.

Para evitar contágio, a recomendação está relacionada aos cuidados básicos com a higiene — lavar as mãos com frequência, principalmente depois de tocar em itens do mobiliário urbano —, o que ajuda mais do que o uso de máscaras, com o uso de desinfetantes ou álcool em gel sendo uma boa alternativa para isso. Além disso, vale a pena evitar visitas desnecessárias a postos de saúde, hospitais e locais com grande aglomeração, além de prestar atenção no contato com indivíduos que possam ter viajado a locais que concentram a epidemia.

FONTE: CANAL TECH