SAS bate recordes de crescimento no Brasil, mas evita euforia para 2018

Companhia cresce 22% em novas vendas em 2017. Feriados, Copa do Mundo e eleições brecam expectativas.

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Estimativas da IDC apontam que o mercado de analytics na internet das coisas (IoT)deve crescer mais de US$ 23 bilhões até 2020, com cerca de 20,4 bilhões de dispositivos conectados e gerando enorme volume de dados. O cenário impulsiona a chamada Analytics Economy, que torna o papel da análise de dados essencial para o sucesso dos negócios. É nesse promissor mercado que o SAS tem se consolidado no Brasil – os números mostram isso.

A subsidiária brasileira registrou em 2017 crescimento de 22% em novas vendas e de 8% em receita de software na comparação com o ano anterior. Segundo Cassio Pantaleoni, presidente do SAS Brasil, o resultado marca o segundo ano consecutivo de recorde no País. “O crescimento do Brasil foi maior do que toda a Ásia, exceto Japão”, destaca Pantaleoni, durante encontro com jornalistas em São Paulo.

As áreas de destaque foram Risk Management, com 55% de crescimento nas vendas, e Data Management e Internet das Coisas, com 27%. Além disso, a empresa teve um aumento de 13% em sua carteira de clientes.

Em 2015, o Brasil era o 14º mercado do SAS a nível global. No ano seguinte, avançou apenas uma posição e, em 2017, teve um grande salto para a posição de número 7. “O crescimento foi assombroso”, define.

Ao mesmo tempo que os números crescem, a responsabilidade para superá-los também bate à porta da operação brasileira. Para 2018, a meta da companhia é de 11% de crescimento, abaixo do atingido no último ano. Pantaleoni contém a euforia ao considerar os desafios que 2018 reserva.

“É um ano com 20 feriados, Copa do Mundo e eleições. Crescer dois dígitos em um ano como esse já é um enorme desafio”, aponta o executivo, que destaca o setor público como maior desafio por conta da paralisação de projetos em meio ao processo eleitoral.

Isso porque governos são um dos principais mercados para o SAS no país, com 16% de representatividade nos negócios, atrás apenas de Telecom e Varejo (17%) e da Indústria Financeira, que representa 56%.

Canais

Canais têm sido essencial para o SAS em meio à expansão. Metade dos novos clientes conquistados pela companhia em 2017 foi resultado do trabalho desenvolvido pelos parceiros integrantes do Programa de Canais e Alianças da companhia.

Segundo Daniela Fontolan, diretora de Canais e Alianças, neste ano o objetivo é trabalhar com um grupo de 51 parceiros estratégicos que atuarão nas quatro linhas de negócios – Customer Intelligence, Data Management, Risco e Fraudes -, além de projetos de serviços de consultoria. “Atualmente os canais são muito focados em governo, mas para esse ano a intenção é ampliar para outros setores, como Utilities, Varejo e Agronegócios”, pontua Daniela.

Programa de inovação

Outra aposta da companhia para 2018 é o lançamento do SAS Innovation Lab, projeto com foco em inovação, tendo como plataforma na nuvem a solução SAS Viya – voltada para a preparação de dados, visualização de dados e mineração com alta performance e elevada produtividade. O objetivo é fazer com que as empresas expandam exponecialmente a cultura da análise de dados em seu dia a dia, e acelerar a entrega de projetos em produção de forma ágil, mas sem perder governança e compliance.

FONTE: COMPUTERWORLD