Santa Catarina lidera ranking nacional de startups com foco na indústria

Estudo foi apresentado nesta semana durante a Expogestão, em Joinville (Foto: Divulgação)

Santa Catarina é o estado brasileiro com o maior número de startups com soluções voltadas à indústria, em áreas como produção, logística, marketing e vendas.

Um mapeamento feito pela aceleradora Spin em conjunto com a A2C, empresa especializada em criação de estratégias de marketing e ecossistemas de inovação, aponta que 30% dos negócios nacionais com esse foco estão em território catarinense. Na sequência aparece São Paulo (29%). O levantamento foi apresentado nesta semana na Expogestão, congresso corporativo realizado em Joinville.

No total, o estudo consultou 295 startups de 22 estados e 81 cidades. Para o fundador da Spin, Benyamin Fard, os números reforçam a posição de relevância de Santa Catarina neste mercado. A polivalência da economia catarinense, com polos industriais regionais e segmentados, é um dos fatores que ajuda a explicar a profusão, por aqui, de startups criadas para atender a nichos específicos.

– Isso faz com que as startups tenham essa atuação mais diversificada. Há também um grau de maturidade maior entre startups e indústrias – avalia.

Segundo o estudo, 37% das startups catarinenses dedicadas a produtos e serviços industriais faturam entre R$ 100 mil e R$ 500 mil por ano. Um quarto delas (25%) têm até dois anos de operação e 15% atuam em sede própria.

Obstáculo

Ainda conforme o levantamento, 26% das startups brasileiras apontam o acesso à capital como a principal dificuldade durante a jornada empreendedora. O problema é antigo e se reflete em outra estatística revelada pelo estudo: apenas 8% dessas empresas receberam algum tipo de investimento de uma indústria.

Para Fard, isso sinaliza uma ainda baixa capacidade do segmento, cujo processo de inovação ainda é muito de dentro para fora, em se conectar com esses novos negócios:

– A indústria ainda não está entendendo que as startups podem ajudar em áreas periféricas. Vamos levar o conhecimento adquirido com esse primeiro mapa para vários clusters. É preciso buscar uma ressignificação da cultura organizacional, um modelo de inovação aberta.

FONTE; NSC