O primeiro Aston Martin totalmente elétrico foi finalmente revelado, quase quatro anos depois de ter sido anunciado originalmente. Baseado no sedã Aston Martin Rapide, o “Rapide E” estreou oficialmente no Shanghai Auto Show hoje. Apenas 155 serão feitos e a Aston Martin ainda não anunciou o preço do carro.
O carro será equipado com um painel digital de instrumentos de 10 polegadas atrás do volante, e um monitor de 8 polegadas montado no centro do painel de controle, que cuidará das funções de infotenimento, com botões físicos abaixo dele no console central. O sistema também contará com suporte ao Apple CarPlay e Android Auto.
Do lado de fora, o Rapide E é bem parecido com seu irmão à combustão, exceto por alguns detalhes em azul nos faróis dianteiros e traseiros. Sob o capô é onde as coisas são mais diferentes: o sistema de bateria foi projetado em torno do espaço onde o motor V12 da versão de combustão ficava; diferente do que a Tesla faz em seus automóveis, por exemplo. Isso acaba por reduzir de projeto e engenharia, mas limita o número de células de bateria (e capacidade final). No final, o Rapide E pesa 4.717 libras (2139 kgs), o que é cerca de 400 libras (181 kgs) a mais do que a combustão interna Rapide S.
Quatro anos depois…
O Rapide E foi anunciado em 2015, quando a Aston Martin estava passando por um grande esforço de corte de custos que resultou em centenas de demissões. Para obter o projeto Rapide E (então chamado apenas de “RapidE”), a montadora britânica alinhou financiamento com empresas chinesas. Então, em 2016, os britânicos anunciaram que construiriam o carro com o conglomerado chinês de tecnologia LeEco — a empresa fundada por Jia Yueting, que também fundou (e agora administra) a startup de EV Faraday Future.
O primeiro carro elétrico da Aston Martin era para ter sido lançado em 2018 e ser fabricado em volumes maiores, mas a LeEco saiu da joint venture em 2017, em meio à sua própria crise financeira. Com isso, a Aston Martin pediu ajuda à Williams (a mesma da F1), para colocar o carro no mercado, reduzindo a produção para apenas 155 veículos. Vale lembrar que a Williams ajudou a projetar os motores elétricos hoje utilizados na Fórmula E.
https://www.youtube.com/watch?v=BGY5lciXsfQ
Fonte: The Verge