Robôs e drones vão limpar matas dentro de três anos

Uma empresa de Coimbra está a desenvolver um projeto de limpeza de florestas com base na robótica. O SEMFIRE arranca a 1 de outubro e deverá ter os primeiros testes na primavera de 2020, entrando para o mercado no ano seguinte.

SEMFIRE significa “Segurança, Exploração e Manutenção de Florestas com Integração de Robótica Ecológica” e está a ser desenvolvido pela empresa Ingeniarius, de Coimbra, em conjunto com o Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra e pela Sfera Ultimate, Lda.

“É um sistema assente em várias unidades móveis: quatro drones e um ranger, ou seja, uma carregadora de lagartas, que será robotizada”, explica Micael Couceiro, responsável da Ingeniarius.

A ideia do SEMFIRE surgiu em 2016, através de um contacto do Instituto de Sistemas e Robótica com a Ingeniarius, no sentido de desenvolver um projeto de monitorização e floresta, assente em drones. Micael Couceiro conta que foi feita uma contraproposta para alteração do projeto. “Em vez da monitorização, nós queríamos desenvolver a atividade na prevenção. Manteríamos os drones, mas sem a parte da monitorização”, descreve.

A proposta do Instituto de Sistemas e Robóticas surgiu um ano antes da tragédia do ano passado, com o projeto a ser submetido em junho de 2017, poucas semanas antes dos incêndios de Pedrógão Grande. O responsável admite que as tragédias vividas no último verão contribuíram para uma maior aceitação do projeto.

Identificar o combustível

Os drones vão fazer mapeamento físico, identificando o que é e o que não é combustível. “Não queremos derrubar mato que não é para derrubar. Uma vez feito o mapeamento pelos drones, estes passam a auxiliar o ranger na limpeza da floresta”, aponta Micael Couceiro.

A equipa está já a trabalhar nos protótipos dos drones que acompanharão o ranger na limpeza das matas. Entre março e abril de 2020, já deverá estar disponível o primeiro protótipo para testes, havendo um protocolo com a Junta de Freguesia de Góis para a realização dos mesmos. O equipamento deve estar no mercado no final de 2021.

E quem são os destinatários? “Câmaras municipais, juntas de freguesia e operadores privados que façam limpeza de matas”, revela Micael Couceiro. O preço de mercado rondará os 100 mil euros. Só o ranger custa à volta de 50 a 60 mil euros.

O projeto será preparado para trabalhar 24 horas, em qualquer horário. “Terá sensores com capacidade de informação durante a noite, sendo também dotado de focos de iluminação local”, descreve Micael Couceiro. A altura do ano ideal para a aplicação prática será os meses de primavera, imediatamente antes da fase crítica dos incêndios florestais.

Os responsáveis admitem que o SEMFIRE pode ser adaptado a outros setores, como a limpeza de estadas ou construção. Micael Couceiro entende que o cenário da limpeza florestal até é o mais complicado e desafiador. “Temos de lidar com vários obstáculos, como o tipo de floresta ou a existência de animais naqueles locais, que queremos, obviamente, preservar”, destaca.

FONTE: JN DIRETO

Uma empresa de Coimbra está a desenvolver um projeto de limpeza de florestas com base na robótica. O SEMFIRE arranca a 1 de outubro e deverá ter os primeiros testes na primavera de 2020, entrando para o mercado no ano seguinte.

SEMFIRE significa “Segurança, Exploração e Manutenção de Florestas com Integração de Robótica Ecológica” e está a ser desenvolvido pela empresa Ingeniarius, de Coimbra, em conjunto com o Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra e pela Sfera Ultimate, Lda.

“É um sistema assente em várias unidades móveis: quatro drones e um ranger, ou seja, uma carregadora de lagartas, que será robotizada”, explica Micael Couceiro, responsável da Ingeniarius.

A ideia do SEMFIRE surgiu em 2016, através de um contacto do Instituto de Sistemas e Robótica com a Ingeniarius, no sentido de desenvolver um projeto de monitorização e floresta, assente em drones. Micael Couceiro conta que foi feita uma contraproposta para alteração do projeto. “Em vez da monitorização, nós queríamos desenvolver a atividade na prevenção. Manteríamos os drones, mas sem a parte da monitorização”, descreve.

A proposta do Instituto de Sistemas e Robóticas surgiu um ano antes da tragédia do ano passado, com o projeto a ser submetido em junho de 2017, poucas semanas antes dos incêndios de Pedrógão Grande. O responsável admite que as tragédias vividas no último verão contribuíram para uma maior aceitação do projeto.

Identificar o combustível

Os drones vão fazer mapeamento físico, identificando o que é e o que não é combustível. “Não queremos derrubar mato que não é para derrubar. Uma vez feito o mapeamento pelos drones, estes passam a auxiliar o ranger na limpeza da floresta”, aponta Micael Couceiro.

A equipa está já a trabalhar nos protótipos dos drones que acompanharão o ranger na limpeza das matas. Entre março e abril de 2020, já deverá estar disponível o primeiro protótipo para testes, havendo um protocolo com a Junta de Freguesia de Góis para a realização dos mesmos. O equipamento deve estar no mercado no final de 2021.

E quem são os destinatários? “Câmaras municipais, juntas de freguesia e operadores privados que façam limpeza de matas”, revela Micael Couceiro. O preço de mercado rondará os 100 mil euros. Só o ranger custa à volta de 50 a 60 mil euros.

O projeto será preparado para trabalhar 24 horas, em qualquer horário. “Terá sensores com capacidade de informação durante a noite, sendo também dotado de focos de iluminação local”, descreve Micael Couceiro. A altura do ano ideal para a aplicação prática será os meses de primavera, imediatamente antes da fase crítica dos incêndios florestais.

Os responsáveis admitem que o SEMFIRE pode ser adaptado a outros setores, como a limpeza de estadas ou construção. Micael Couceiro entende que o cenário da limpeza florestal até é o mais complicado e desafiador. “Temos de lidar com vários obstáculos, como o tipo de floresta ou a existência de animais naqueles locais, que queremos, obviamente, preservar”, destaca.