Robôs de atendimento e telepresença roubam a cena na South Summit

Painel debate a utilização da robótica de forma humanizada: “Não temos que ter medo do robô”

Grandes braços automatizados industriais, criaturas bípedes inteligentes, ou então com superforça e prontas para destruir o mundo… De acordo com a palestra “Futuro da Robótica” na South Summit Brazil, o imaginário popular vai se acostumar com uma imagem bem mais pacata, uma presença: mais precisamente a telepresença através das máquinas e da inteligência artificial.

“Não temos que ter medo do robô, ele vêm para a gente ser mais humano”, afirma a CEO da AI Robots, Luna Boaventura Favarini. “No conceito da indústria 5.0, está a busca dessa humanização da robótica”, enfatiza.

“Trabalhamos com essa perspectiva, integrando inteligência artificial, robótica e internet das coisas”, explica a especialista. “A meta é permitir que as pessoas trabalhem com mais protutividade, segurança, ergonomia”, pondera.

Surge o segmento, então, dos robôs de tele-presença. Em exibição na South Summit, nesta quinta-feira, estava um robô atendente de farmácia. O construto projetava na tela dois grandes olhos e auxiliava os clientes de uma forma simpática.

Essa presença digital pode se estender, e já tem bastante uso, no campo da medicina, explica Luciano Silveira Eifler, da Concept Med. “Eu já usei um robô Chinzen para estar em dois lugares ao mesmo tempo. Meus pais estavam no hospital e eu tinha que ir num congresso em Campinas. Eu usava o robô para poder ficar em contato com eles, e também com os médicos”, exemplifica.

“Podemos usar a tele-presença para colocar um especialista de um grande centro urbano numa UPA, num pequeno hospital do interior”, sugere o CEO. “Assim, existe a possibilidade de um neurologista, por exemplo, acompanhar a evolução e até fazer atendimentos. O robô tem a imagem 4K, faz interações com os pacientes e com um clínico que esteja no atendimento direto para orientações detalhadas”, projeta.

Ele enfatiza que a tele-presença via robótica gera uma interação muito mais qualificada do que outros meios. “Videoconferência não é a mesma coisa. Quem tem uma experiência em tele-presença vai entender. É outro envolvimento.”

FONTE: https://www.correiodopovo.com.br/jornalcomtecnologia/rob%C3%B4s-de-atendimento-e-telepresen%C3%A7a-roubam-a-cena-na-south-summit-1.816973