A robô sexual que aprendeu a dizer “não”

Quando é tratada com violência ou indiferença, Samantha desliga-se automaticamente

SAMANTHA, BONECA SEXUAL COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL. ATÉ AS ROBÔS REJEITAM SER TRATADAS COMO MULHER-OBJETO (FOTO: REPRODUÇÃO)

Samantha, a boneca sexual, não tem coração nem cérebro. Mas seus donos devem ter. Em caso de indiferença ou violência, a robô agora recusa sexo. Desliga-se automaticamente.

Segundo o fabricante, o engenheiro eletrônico Sergi Santos, a boneca conversa com o dono – a exemplo do que faz a assistente Alexa, da Amazon – e tem sensores de toque espalhados pelo corpo. Conforme a interação, a boneca muda seus padrões de diálogo, movimentos do corpo e expressões faciais. Há os estados “familiar”, “romântico”, “sexual”, “extra ousado” e, agora, “indiferente”. Nada impede o dono de forçar a boneca desligada, mas indiferença mecânica serve como reprovação moral.

Dotar a máquina de padrões morais semelhantes aos dos humanos é uma forma de diminuir a polêmica contra as bonecas sexuais. Robôs como Samantha tornaram-se populares em casas de prostituição da Áustria, onde a atividade é regulamentada. Santos afirma que já vendeu 15 unidades, por cerca de US$ 6 mil.

FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS