Robô Pepper é demitido de supermercado da Escócia

A cada notícia sobre o avanço da Inteligência Artificial, alguém solta a clássica frase: “os robôs vão roubar nossos empregos”. Mas será que eles são tão aptos para qualquer trabalho? Infelizmente (ou não), esse não foi o caso do robô Pepper.

O humanoide foi criado no Japão pela SoftBank em 2014 e, desde o seu lançamento no ano seguinte, vem prestando serviços em alguns estabelecimentos, chegando ao supermercado Margiotta Food & Wine, em Edimburgo, capital da Escócia. Com 1,20 m de altura, Pepper é capaz de entender o que os humanos falam e ainda responder com a sua própria voz, além de se comunicar por um tablet que não sai de suas mãos.

Durante o seu período de testes no supermercado, que durou uma semana, o robô chegou a receber o apelido de “Fabio” dos seus colegas de trabalho, que estavam otimistas para trabalhar com ele. No entanto, Pepper, ou Fabio, começou a se mostrar não muito útil. Ao ser questionado, por exemplo, onde estava um produto, ele não era específico e respondia com frases genéricas.

O robô ainda apresentou problemas em seus sensores, pois não conseguia entender o que o cliente perguntava, muitas vezes devido ao som ambiente do local. Claro, a experiência acabava se tornando frustrante.

O dono da loja, Franco Margiotta, resolveu ele mesmo testar as capacidades de Pepper. Ao perguntar “onde estão as carnes?”, veio a resposta óbvia: no freezer. Não contente em não conseguir ajudar, Pepper ainda fez uma piada sobre vacas, fazendo o empresário rir, afinal não é sempre que um robô solta charadas por aí.

Como um último teste, Pepper ficou encarregado de servir amostras de carne de porco desfiada para os consumidores, que nunca paravam para interagir com o robô. Após a tarefa ser transferida para um humano, a interesse pelas amostras foi muito maior.

A demissão de Pepper foi feita “pessoalmente”. Margiotta disse que, infelizmente, ele não estava apto para o trabalho. O robô imediatamente respondeu com uma pergunta: “você está bravo?”.

Os donos do estabelecimento dizem não pretendem dar outra chance a Fabio, ou qualquer outro robô, por enquanto, mas que vão sentir falta dele.

O humanoide da Softbank deve encontrar em breve a sua vocação, mas talvez não em um supermercado.

FONTE: CANALTECH