Robô minerador vai ajudar a reabrir minas abandonadas

O formato esférico do robô oferece maior estabilidade e menos riscos nos túneis.

O formato esférico do robô oferece maior estabilidade e menos riscos nos túneis.

Minas abandonadas

Existem inúmeras minas abandonadas ao redor do mundo, a maioria das quais se encheu de água.

E muitas delas foram fechadas por problemas técnicos ou porque, na época, não havia tecnologia para extrair os teores dos metais presentes no minério – ambas questões hoje solucionadas ou solucionáveis.

Por isso, uma equipe liderada por engenheiros da Universidade Politécnica de Madrid, na Espanha, desenvolveu um robô capaz de mergulhar nessas minas, coletando informações essenciais para embasar sua reabertura, evitando a criação de novas minas em locais ainda intocados.

Os robôs farão um trabalho que não pode ser feito por mergulhadores humanos, o que é descartado devido aos riscos envolvidos. Além disso, não dá para investir na secagem dessas antigas minas sem um conhecimento prévio da composição mineralógica por causa dos custos.

Robô minerador vai ajudar a reabrir minas abandonadas

Equipe preparando-se para mais um teste, em uma mina na Eslovênia.
[Imagem: UNEXMIN]

Mineiro robótico

O primeiro robô subaquático desenvolvido neste projeto, chamado Explorador Robótico UX-1a, foi projetado para navegar autonomamente nos túneis complexos dessas minas e reconstruir um mapa das estruturas para avaliar sua composição e a possível presença de matérias-primas.

O formato esférico do robô oferece maior estabilidade e menos riscos nos túneis. Ele está equipado com cinco câmeras digitais e projetores de linhas a laser rotativos para varredura do ambiente. Outros equipamentos incluem uma câmera multiespectral, uma unidade para medir radiação gama e um sistema de amostragem de água.

“Do ponto de vista tecnológico, este projeto lida com três desafios principais: o primeiro é construir um robô capaz de trabalhar em um ambiente subaquático real de até 500 metros de profundidade. O segundo desafio é alcançar a navegação autônoma em ambiente desconhecido, já que não há comunicação com o exterior e, finalmente, o terceiro desafio é desenvolver instrumentação científica ad-hoc para avaliar as informações geofísicas,” explicou Claudio Rossi, gerente do projeto Unexmin.

Os primeiros testes foram realizados em minas localizadas na Finlândia, Eslovênia e Portugal.

FONTE: INOVAÇÃO TECNOLOGICA