O jornal britânico Financial Times afirma crise no setor ocorre porque as corporações estão fechando escritórios e as pessoas passaram a trabalhar em casa durante a pandemia de Covid-19.
Há o risco de estourar uma bolha imobiliária ainda este ano de 2020, mas não na magnitude daquela explosão ocorrida em 2008. Segundo o jornal britânico Financial Times, a crise atual foi potencializada com o fechamento de escritórios de corporações e com as pessoas trabalhando em casa em virtude da pandemia da Covid-19.
O FT lembra que diversas empresas pediram a falência nesse período, citando Brooks Brothers, Neiman Marcus e Debenhams, dentre outras gigantes ao redor do mundo, o que contribui para o aumento da oferta de imóveis comerciais.
Além do home office, o trabalho em casa ou móvel, o jornal britânico afirma que o aluguel atrasado está na casa dos bilhões de dólares. Tal situação seria agravada pelo aumento das vendas online, o “Efeito Amazon”, segundo a publicação.
Evidentemente que a forma de financiamentos tanto no Reino Unido quanto nos EUA são diferentes dos praticados no Brasil. Lá se pratica mais a modalidade hipotecária, mas no mercado globalizado um espirro pode se converter rapidamente num “coronavírus” financeiro.
“As agências de classificação de crédito esperam que as taxas gerais de inadimplência se aproximem dos mesmos níveis que foram alcançados na crise financeira de 2008 no final do ano”, destaca o jornal.
A Marks and Spencer é uma espécie de “Lojas Americanas” do Reino Unido, que atua no ramo varejista em 30 países.
Ou seja, a crise em um setor desencadeia crise em outro setor provocando o “efeito dominó” para a economia e para os empregos, que viraram artigo de luxo no Brasil (são cerca de 80 milhões de desempregados no país, 50% da população economicamente ativa).