Quadros de Monet e Picasso ganham vida graças à realidade aumentada

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Visitante observa pintura do pintor francês Claude Monet em Vienna, Áustria, no dia 21 de novembro de 2017 – AFP

Graças a uma nova tecnologia de realidade aumentada, os quadros mais conhecidos do museu Albertina de Viena ganham vida e oferecem aos visitantes uma imersão pedagógica.

“Às vezes é necessário buscar formas originais de mostrar os clássicos de uma maneira menos convencional e mais lúdica”, afirmou nesta terça-feira Klaus Albrecht Schröder, diretor do museu, que apresentou sua nova oferta digital.

Com um aplicativo gratuito para smartphones, uma série de animações de áudio e vídeo permite explorar um total de 13 telas de vários pintores. Basta apontar o telefone para o quadro para ativar a animação, que dura 45 segundos.

Assim, o visitante vê surgir na tela de seu celular o desenho das bailarinas de Degas; um veleiro pintado por Picasso navega entre as ondas; os pontos usados por Signac para representar Veneza vão aparecendo progressivamente; e o quadro do jardim de Claude Monet em Giverny, perto de Paris, se sobrepõe a uma foto do lugar.

As animações vêm acompanhadas de um comentário em áudio disponível em inglês e alemão, e em breve também em espanhol, francês, italiano e chinês.

O museu proporá, em breve, cerca de 20 obras, escolhidas entre as mais conhecidas da instituição, para redescobri-las em realidade aumentada.

Esta tecnologia, que permite inserir um elemento virtual dentro de uma imagem real, está se desenvolvendo rapidamente dentro das instituições culturais, especialmente com o objetivo de reviver cenas históricas, locais do patrimônio da humanidade e animar objetos do passado.

Mas é a primeira vez que a realidade aumentada é aplicada a quadros de grandes mestres da coleção permanente de um museu europeu, assegurou Sergiu Ardelean, um dos fundadores da Artivive, a start-up vienense que desenvolveu o aplicativo.

“Podemos supor que, no futuro, esta tecnologia substituirá o audioguia”, afirmou o diretor do Albertina, museu conhecido por sua Coleção Batliner, que inclui obras de Monet, Cézanne, Miró, Klee, Kandinsky e Malévich.

FONTE: ISTOÉ