“PULSEIRA INTELIGENTE” É CAPAZ DE LER EMOÇÕES NUMA CONVERSA

Sistema consegue dizer se a pessoa está triste ou feliz num intervalo de até cinco segundos (Foto: Pexels)

Vamos supor que o seu melhor amigo compre um carro. A maneira como ele conta a novidade para você pode soar como se ele estivesse se gabando do feito ou apenas empolgado em ter um novo veículo. Detectar o verdadeiro sentido ou sentimentos por trás de uma fala é uma tarefa difícil, mas o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) parece estar perto de conseguir realizar essa proeza. Uma equipe da universidade construiu uma ferramenta que analisa conversas e identifica a emoção por trás de cada parte do diálogo.

Para funcionar, o sistema precisa estar junto ao corpo de quem fala – que analisa informações como temperatura do corpo, batidas do coração e movimentos dos braços. Então, os pesquisadoresdesenvolveram uma espécie de pulseira parecida com um smart watch. Além disso, a plataforma coleta e analisa partes da fala, para identificar o tom de voz da conversa. Com o uso da inteligência artificial, ela consegue dizer se a pessoa está triste ou feliz num intervalo de até cinco segundos.

Os pesquisadores realizaram uma porção de testes para verificar o funcionamento da tecnologia. Para isso, eles reuniram pessoas em uma sala e deram a cada uma delas uma pulseira com o sistema. Então, uma por uma, elas tiveram de se levantar e contar uma história. No final das contas, eles estimam que a ferramenta teve 83% de precisão em suas respostas.

De maneira geral, a inteligência artificial relaciona partes monótonas ou com longas pausas da fala de alguém com o sentimento de tristeza. Já as falas onde houveram mais tons e mudanças na voz são interpretadas como felizes. O time do MIT pretende desenvolver a compreensão de outras emoções em breve.

“Imagine se, ao final de uma conversa, você pudesse verificar os momentos onde as pessoas ao seu redor se sentiram mais ansiosas, por exemplo”, disse Tuka Alhanai, parte do time de pesquisadores. O produto pode ser usado, ele acredita, para ajudar no tratamento de pessoas com síndrome de Asperger ou autismo. “Nosso trabalho está na direção certa e nos sugere que não estamos tão longe de um mundo em que as pessoas podem ter inteligência artificial no bolso, fazendo as vezes de coach dos relacionamentos.”

FONTE: PEGN