Proptech aMORA capta R$ 40 mi em dívida e equity

aMORA, proptech que quer ajudar pessoas que não conseguem comprar um imóvel nos modelos atuais de financiamento, por meio de soluções de aluguel com opção de compra, fechou uma captação de R$ 40 milhões. A maior parte do valor foi obtida via dívida por certificados de recebíveis imobiliários e teve como principal investidor a Cy Capital, do grupo imobiliário Cyrela.

A outra parte saiu de uma rodada adicional de equity com a participação de investidores atuais, assim como a entrada de um novo fundo – a gestora norte-americana Goodwater, especializada em consumer/B2C e investidora de outras empresas do modelo Rent-to-own como a ZeroDown.

Segundo destacou a aMORA em nota, o valor será empregado para a aquisição de imóveis para sua operação, o que será instrumental nos planos de expansão que a companhia pretende tocar em 2023. Por enquanto a proptech atua exclusivamente na cidade de São Paulo, onde cresceu 5 vezes em 2022.

“O modelo da aMORA foi criado para atender pessoas que não se encaixam nos modelos atuais oferecidos pelo mercado. Hoje, inclusive, já trabalhamos com imobiliárias, incorporadores, financiadores e outras startups e esse ano queremos expandir e aprofundar essas parcerias ainda mais”, ressalta o CEO e cofundador, Aram Apovian.

O crescimento registrado no ano passado teve como base uma rodada de US$ 3,2 milhões (cerca de R$ 16 milhões), que foi liderada pelo Global Founders Capital, cujo portfólio inclui LinkedIn, Facebook e Trivago.

Na época, participaram também do aporte GFC, Moore Strategic Ventures, Caravela, Plug & Play, Latitud, RBR asset e Pareto20. Os fundos foram acompanhados dos investidores-anjo Guilherme Bonifácio (iFood), Diego Libanio (Zé Delivery), Brian Requarth (Latitud e Vivareal) e Douglas Oliveira (Swap).

O modelo da aMORA

Pelo modelo de negócios da aMORA, o cliente escolhe o imóvel em que deseja morar e dá 5% de entrada, bem menos que os 20% de um financiamento bancário convencional. A startup avalia a residência e completa a compra com os 95% restantes do valor do imóvel. O cliente se muda, reforma o espaço (caso queira) e pode decidir, em até 3 anos, se quer adquirir a propriedade.

Enquanto isso, ele paga uma mensalidade que será usada como reserva se decidir comprar o imóvel. Caso não goste de morar no local, o contrato é encerrado, assim como seria em uma negociação de aluguel. Se o cliente opta pela compra do imóvel, parte do valor arrecadado de aluguel retorna como um cashback, que passa a ser a entrada da compra final. Atualmente, a empresa trabalha com apartamentos e casas em condomínios fechados ou vilas, todos na região metropolitana de São Paulo.

FONTE: https://startups.com.br/proptechs/proptech-amora-capta-r-40-mi-em-divida-e-equity/