Projeto para criação de cidade sustentável, tecnológica e com foco em turismo religioso é lançado em MT

Planta da cidade foi apresentada durante lançamento do projeto (Foto: Divulgação)

Cidade em Nossa Senhora do Livramento comportará em média 2,5 mil moradores e terá energia solar e reaproveitamento de água. Projeto desenvolvido por escritório de arquitetura já firmou parceria com o Sebrae e IFMT.

Um projeto que prevê a criação de uma cidade sustentável e tecnológica no município de Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, foi lançado no domingo (15). De acordo com a fundadora do projeto, Iracema Caldas, a ‘Cidade Maria’ será sustentável, inteligente e religiosa.

O projeto foi elaborado por um dos maior escritórios de arquitetura do mundo, em parceria com profissionais de Cuiabá, e segue o conceito de cidades inteligentes, que se define pelo uso da tecnologia para melhorar a infraestrutura urbana e tornar os centros urbanos mais eficientes e melhores de se viver.

Segundo Iracema, o intuito da nova cidade é incentivar os produtores rurais, o turismo religioso, a indústria e o comércio local.

“Esse projeto teve início há 7 anos, quando eram realizados trabalhos religiosos nas comunidades rurais. Desde então, percebemos a necessidade das famílias e a dificuldade que as pessoas tinham de vender os produtos”, contou.

Veja alguns pontos principais do projeto:

  • Capacidade para 2,5 mil moradores
  • Construção de hospital com especialidade em oftalmologia
  • TV a cabo acessível à toda a população
  • Totem de segurança – dispositivo que pode ser acionado em caso de risco
  • Reutilização de água
  • Construção do Santurário em homenagem à Nossa Senhora Desatadora dos Nós
  • Uso de energia solar
  • Plantio e consumo dos alimentos produzidos na região
  • Condomínio habitado preferencialmente por idosos
  • Fomento ao turismo religioso e cultural

De acordo com a fundadora do projeto, o diferencial da cidade será a sustentabilidade e a tecnologia. Ainda não há previsão de quando começará a ser construída. Os recursos para colocar o projeto em prática ainda deve ser viabilizado.

O respeito com a natureza é um dos principais diferenciais do projeto. “Vamos criar sistemas de reaproveitamento de água e utilizar a energia solar. Além disso, será instalado totem de segurança – equipamento eletrônico privado para monitoramento por câmera e com comunicação direta com a Polícia Militar”, explicou.

Hospital com capacidade para mil cirurgias ao mês deve ser construído (Foto: Reprodução)

Hospital com capacidade para mil cirurgias ao mês deve ser construído (Foto: Reprodução)

Iracema disse que será disponibilizado TV a cabo para toda a população e implantado um hospital dos olhos, que, segundo ela, terá capacidade 600 atendimentos diários e 1 mil cirurgias por mês, gratuitamente.

No pré-projeto do hospital, estão previstos 20 apartamentos de repouso, restaurante comunitário e um heliporto para transporte de médicos e pacientes em emergência, além de outros serviços, como locomoção de medicamentos.

No setor de turismo, será criado um santuário em homenagem à Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Além disso, terão espaços para a venda de artesanatos feitos por famílias da cidade, visando a valorização da cultura local.

“A cidade será religiosa, como o próprio nome já mostra. No santuário, teremos encontros de fiéis, através de peregrinações, vindas de várias regiões do estado, do Brasil e do mundo”, disse.

A cidade fechou uma parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) para a capacitação dos moradores locais e geração de empregos no setor da indústria e comércio.

O local comportará em média 2,5 mil pessoas fixas, mas, segundo Iracema, o fluxo diário pode ser maior.

“Queremos que as pessoas estejam na cidade, mas se sintam como se estivessem no campo, será um estilo de vida diferente. Os produtos serão naturais, as verduras e legumes serão produzidos de forma natural, tudo será produzido pelas famílias de forma artesanal”, ressaltou.

Na cidade também deve ter um condomínio residencial habitado preferencialmente por idosos, com estilo de vida partilhado para compras, idas ao médico, condução coletiva, espaço privilegiado para vivência concreta e aplicação na prática da economia de partilha, onde indústria e comércio serão fontes geradoras de emprego e renda, e mais dois hotéis, um próximo ao hospital e o outro para atender aos eventos corporativos, religiosos e turísticos, segundo o projeto.

FONTE: G1