Projeto “Cores do Brasil” busca mapear o DNA dos brasileiros na blockchain

Projeto criado pela empresa de biotecnologia Portunus visa criar um mapa genético da miscigenação brasileira 

O Projeto “Cores do Brasil”, lançado na quinta-feira (25), deseja mapear o DNA dos brasileiros. A intenção é de identificar, geneticamente, a ancestralidade e a miscigenação do país ao traçar um mapa genético dos cidadãos. Com base nos resultados, é possível descobrir índices como a porcentagem de influência outras nações na constituição da brasileira, de acordo com o resultado de cada participante.

 A pesquisa foi lançada pela empresa de biotecnologia Portunus no HealthTech Conference da StartSe. Para realizar o mapeamento, cada participante da pesquisa irá colher o próprio DNA e enviar pelo correio para a empresa.

A iniciativa de coleta é semelhante ao oferecido pela 23andMe, startup do Vale do Silício que mapeia, além da ancestralidade, a pré-disposição a doenças. No caso da 23andMe, a análise do DNA é feita com uma amostra de saliva coletada pelo próprio usuário.

Os dados coletados na pesquisa “Cores do Brasil” serão armazenados na blockchain da GenoBank, especializada em DNA. Uma das premissas da Genobank é que os participantes sejam donos dos próprios dados, não os compartilhando com empresas – pelo contrário, os usuários poderão decidir monetizá-los, se desejarem.

“A GenoBank é uma empresa americana que faz o armazenamento de informação biológica dentro da blockchain. O dono da informação genética é o dono da informação, diferente de armazenar em um servidor na internet. Na blockchain existem chaves e você só consegue acessar a informação com essas chaves, que ficarão com o usuário e cabe a ele liberar ou não, de forma inteira ou parcialmente”, conta Isis Eich, cofundadora da Portunus, à StartSe.

O Projeto Cores do Brasil está levantando fundos através do Catarse para a concretização de seus planos. “Nunca houve um projeto de sequenciamento do mapa genético da população brasileira. Isso ainda não foi feito em toda a América do Sul”, finaliza Eich.

FONTE: StarteSe