Por que o Nubank começou a investir em startups?

O Nubank investiu em uma fintech indiana, a Jupiter. Por que uma startup decidiu investir em outra? Qual o objetivo do roxinho? Saiba mais…

Por Victor Marques

Os dias em que o Nubank precisava comprovar seu valor e a viabilidade do seu negócio para investidores hoje estão distantes. Mas a fintech parece não ter esquecido dos tempos em que não tinha a visibilidade de hoje, mas sabia que possuía um serviço incrível para oferecer. Em uma prova de que entende que outras startups – e até mesmo fintechs – daqui ou internacionais ainda têm muito a oferecer e a ensinar, Nubank anunciou na semana passada o investimento em uma startup indiana, a fintech Jupiter.

Não satisfeito em participar, o Nubank liderou o aporte na Jupiter, uma fintech indiana com muitas similaridades ao modelo de negócio do Nubank aqui no Brasil. Junto à Sequoia Capital e Matrix Partners, a fintech brasileira investiu na rodada de US$ 44 milhões.

Para quem observa de fora o ecossistema de startups, pode parecer estranho que uma empresa privada, ainda considerada por muitos uma startup, tenha decidido investir parte dos milhões de dólares levantados em rodadas de investimento em um outro negócio. Quais os motivos de colocar capital em uma concorrente – ainda que atue em mercado não atendido pelo Nubank – e não investir o valor na própria operação?

OS MOTIVOS

Pode parecer contraditório uma startup investir em outra. É mais comum que, caso tenham interesse em uma outra startup, realizem uma aquisição ou fusão (M&A). Os M&As são práticas cada vez mais comuns, principalmente por parte das empresas tradicionais que escolhem adquirir startups para absorver tecnologia, talentos e expandir seu mercado.

No caso do Nubank, a escolha foi motivada por aprendizado. Segundo David Vélez, CEO do Nubank, “Os mercados indiano e latinoamericano têm muitas semelhanças e, com esse investimento, pretendemos apoiá-los em seu caminho de crescimento e aprender com os desafios que encontrarão por lá”.

App da fintech indiana Jupiter (foto: reprodução)

Claro que, assim como qualquer investidor, o Nubank deve ter vislumbrado a possibilidade de multiplicar o capital investido eventualmente. Mas, por agora, o valor investido é para garantir acesso. Acesso ao conhecimento, experiências e compartilhar sua própria sabedoria com uma fintech que atua em mercado similar ao brasileiro.

O poder do investimento em startups – para além das valorizações exponenciais – está nessa possibilidade de aprender com a jornada de uma startup que pretende revolucionar um mercado. Entender, de dentro, como funciona o negócio e poder contribuir com seu conhecimento é uma das motivações de quem investe em startups.

Para entender mais da Nova Economia, do mercado, das possibilidades de uma fintech, o Nubank – mesmo estando inserido nessa mesma vertical – decidiu embarcar nessa jornada da startup indiana, realizando seu primeiro investimento puro em outra empresa.

POR QUE IMPORTA?

Assim como o Nubank, os investidores de startups frequentemente citam a conexão com o mundo da inovação como um dos maiores motivadores para aportar capital em startups. Além de poder enxergar antes e, com isso, lucrar com o crescimento das empresas com potencial para se tornarem líderes de seus segmentos, o investimento em negócios da Nova Economia traz a chance de participar de uma comunidade engajada – que pode inclusive trazer ensinamentos que mudem a maneira como o investidor lida com seu próprio negócio.

 

FONTE: https://app.startse.com/artigos/por-que-o-nubank-comecou-a-investir-em-startups?utm_campaign=Plataforma%20StartSe&utm_medium=email&_hsmi=148663413&_hsenc=p2ANqtz-9SiS5jOX6sOihXkI_PIcQxMqyfy7m5HfAl0OjfZdScsu3Uyy4bh2sgPRKoRuz8JwK2LXHaiYzA1jAApaGpPdsA0IFL8A&utm_content=148663413&utm_source=hs_email