Por que agtechs crescem, apesar da dificuldade?

Acessar capital e ganhar escala, especialmente para os negócios iniciais, costuma ser uma luta árdua. Para as agtechs, é ainda pior. Entenda mais.

Considerando o mercado local e a representatividade do agro na economia brasileira é fácil perceber o tamanho do mercado potencial das soluções de tecnologia para esse mercado.

No entanto, as startups do agro brasileiro enfrentam dificuldades quando o assunto é captar recursos. Acessar capital e ganhar escala, especialmente para os negócios iniciais, costuma ser uma luta árdua. Isso é o que indica o relatório Radar Agtech 2023 – produzido pela Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens.

AS FONTES DE FINANCIAMENTO

Cerca de 72% dos empreendedores das 247 startups que participaram do estudo sobre fontes de financiamento afirmam já ter tomado empréstimos com familiares e amigos. Depois, as fontes de financiamento mais frequentes das agtechs são: investidores-anjo (22,1%), aceleradoras (17,4%) e investidores de venture capital (15,4%).

Fabrício Pezente, CEO e fundador da agtech/fintech Traive, afirma que:

“É muito difícil captar no Brasil, principalmente quem está criando tecnologia”.

O cofundador e sócio da Homo Ludens, Luiz Sakuda, declara que muitas vezes o empreendedor precisa de recursos para expandir o negócio através de investimento em marketing e não encontra abertura em bancos tradicionais. Já as alternativas do VC implicam em diluir o controle das empresas.

TENDÊNCIAS EM AGTECHS

O mesmo relatório também destaca as tendências para as agtechs nos próximos meses. Dentre elas, inteligência artificial, IoTs (equipamentos e sensores que enviam e recebem dados), automação, digitalização e machine learning (uso de dados para treinar algoritmos a reconhecer padrões), aumento de conectividade e uso de sensores.

Ainda que as tecnologias de ponta representem o futuro da agropecuária no país, o Brasil ainda conta com alguns limitadores para essa expansão, como a baixa presença de redes de telefonia e a lenta instalação da rede 5G em regiões rurais do Brasil.

Outra dificuldade é o acesso a times de profissionais de desenvolvimento dessas tecnologias. São profissionais disputados por empresas de diferentes portes e segmentos. Aline Oliveira, cofundadora e diretora de IA na Traive, essa barreira impede que várias startups brasileiras ganhem escala.

FONTE:

https://www.startse.com/artigos/agtechs-crescem-apesar-da-dificuldade/