Polícia chinesa usa óculos de sol com reconhecimento facial

OS ÓCULOS DE SOL ESTÃO CONECTADOS A UMA BASE DE DADOS DA POLÍCIA. SISTEMA É CAPAZ DE ENCONTRAR UMA PESSOA A PARTIR DE UMA LISTA COM 10 MIL SUSPEITOS EM APENAS 100 MILISSEGUNDOS (FOTO: GETTY IMAGES)

 

Acha que as previsões da série Black Mirror estão longe de se tornar realidade? Engano seu. Na China, a polícia está usando óculos de sol com software de reconhecimento facial para identificar suspeitos de crimes.

Desenvolvido pela empresa chinesa LLVision Tecnology Co., os óculos com inteligência artificial têm uma câmera na lente direita que se conecta a um dispositivo móvel, similar a um tablet. Nele, é possível consultar as imagens captadas e conferir as informações faciais no banco de dados da polícia.

Desenvolvido pela empresa chinesa LLVision Tecnology Co., os óculos com inteligência artificial têm uma câmera na lente direita que se conecta a um dispositivo móvel, similar a um tablet. Nele, é possível consultar as imagens captadas e conferir as informações faciais no banco de dados da polícia.

A rapidez permite que a polícia visualize quase instantaneamente o registro civil com nome, etnia, gênero e endereço, além da ficha criminal de cada indivíduo antes que ele desapareça na multidão. Os óculos custam US$ 636 (cerca de R$ 2.086) e já foram adquiridos por países como Estados Unidos e Japão, segundo a empresa. A ferramenta de reconhecimento facial, porém, não está incluída neste valor e não teve o preço divulgado.

A tecnologia está sendo testada para monitorar a estação de trem da cidade de Zhengzhou, capital da província de Henan, onde circulam cerca de 60 mil pessoas por dia. A medida pretende reforçar a segurança da população durante o Ano Novo Chinês, que acontece no dia 16 de fevereiro. Até agora, sete criminosos foram presos e outras 26 pessoas detidas por portar identidades falsas.

Líder mundial em tecnologia de vigilância, a China pretende instalar 400 milhões de câmeras de segurança em todo o país nos próximos três anos e construir um banco de dados de reconhecimento facial que possa identificar qualquer cidadão chinês dentro de três segundos. Fica a questão: qual é o limite da vigilância?

FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS