Plataforma Housers permite investir em projeto de energia solar na Polónia

A quantidade de energia produzida será equivalente à consumida por 1.850 habitações.

Depois de ter criado uma nova tipologia de ativos que permite o investimento no mercado de energias renováveis, na sequência desse projeto a plataforma Housers acaba agora de lançar o primeiro projeto de energia solar na Polónia, no qual os portugueses poderão investir com um mínimo de 50 euros. Localizado na Polónia, este projeto consiste na concessão de um empréstimo participativo de 420.000 euros a uma empresa promotora para a aquisição de seis direitos equivalentes a seis megawatts (MW) para posterior construção, exploração e venda de energia solar, informou a Housers em comunicado.

A quantidade de energia produzida neste espaço será equivalente à consumida por 1.850 habitações e o projeto permitirá reduzir as emissões de CO2 a um valor equivalente a 2.489 toneladas de petróleo. “Trata-se de uma oportunidade de tipo Taxa Fixa, o que significa que, tal como os projetos imobiliários, os investidores que participarem neste projeto receberão todos os meses o montante correspondente à taxa de juro acordada com o promotor, seguido da respetiva devolução do capital do empréstimo.

Este projeto apresenta uma rentabilidade total de 10% em 24 meses”, refere ainda a Housers. Segundo David Diogo, diretor do departamento imobiliário da Housers em Portugal, “os investidores podem agora, na mesma plataforma, investir em projetos imobiliários e em projetos de energias renováveis e sustentabilidade ambiental, relacionados com a energia solar, eficiência energética e energia limpa”.

“Com esta nova tipologia de ativos, a Housers pretende facilitar a transição energética, permitindo aos promotores ter acesso a financiamento de forma rápida e fácil e aos investidores colocar as suas poupanças a render em projetos lucrativos com impacto ambiental real. Investir em energia solar apresenta diversas vantagens, na medida em que constitui a solução mais ecológica e viável para a proteção ambiental, é inesgotável e mais competitiva em relação às tecnologias tradicionais”, acrescenta ainda a plataforma de investimento. O projeto que marca a estreia da Housers no mercado de energias renováveis tem lugar numa zona da Polónia que agrega 60% dos parques solares do país.

A energia solar tornou-se a segunda tecnologia mais relevante, depois da eólica, o que tornou a Polónia no quarto país europeu com as vendas anuais mais altas e no primeiro país em termos de dinâmica de crescimento. Em simultâneo, com a aprovação em 2018 da lei de apoio a novos investimentos, a Polónia passou a ser uma “zona económica especial”, oferecendo mais privilégios aos investidores durante um período entre 10 e 15 anos. A empresa promotora do projeto é a I-D Energías e está presente em quatro países – Espanha, Polónia, Hungria e Lituânia – sendo especialista na promoção e desenvolvimento, operação, manutenção e construção de instalações fotovoltaicas. Desde o seu lançamento em Portugal no fim de 2017, mais de 13.000 utilizadores portugueses já investiram em projetos imobiliários através da plataforma de crowdfunding Housers. Em 2019, já foram investidos mais de 3.200 milhões de euros, o que resulta num total de 6 milhões de euros em dois anos.

Por outro lado, o crowdfunding já ajudou a financiar 17 projetos imobiliários em Portugal, de diferentes tipologias e em diferentes localizações, com um valor acumulado superior a 5 milhões de euros, sendo que mais de metade é investimento estrangeiro. Até agora, a Housers tem estado mais focada no setor imobiliário em países como Espanha, Itália e Portugal. A possibilidade de diversificar o portfólio dos investidores com diferentes ativos levaram os fundadores da Housers a abrir a plataforma a uma nova área com retornos atrativos, explica João Távora, responsável pelos mercados internacionais da empresa espanhola, acrescentando que “investir em energias renováveis é investir num futuro sustentável e lucrativo”, tal como mostra o crescimento do investimento neste setor, que deverá atingir os 2,6 biliões de dólares no final de 2019, segundo um estudo da Bloomberg.

FONTE: DINHEIRO VIVO