Pipo Saúde planeja faturar mais que o dobro em 2023 e chegar a R$ 30 milhões

Healthtech ultrapassou a marca de 100 mil vidas atendidas neste ano.

Manoela Mitchell, cofundadora da Pipo Saúde Divulgação/Pipo Saúde

healthtech Pipo Saúde, startup que auxilia as empresas a acharem o melhor plano de saúde para os seus funcionários, nasceu do conhecimento da cofundadora Manoela Mitchell, 31 anos, sobre a área de saúde dentro do mercado financeiro, há cerca de quatro anos.

Com os outros dois sócios — Vinicius Corrêa, ex-NuBank, e Thiago Torres, amigo de Mitchell desde a faculdade, ambos de 31 anos — a empreendedora criou um projeto que visava solucionar os gastos das empresas com planos de saúde. Hoje, a Pipo atende cerca de 100 mil pessoas em 230 clientes, que vão do unicórnio MadeiraMadeira e ao e-commerce Shein.

Antes de fundar a startup de sucesso, porém, o trio teve outro projeto. A healthtech Ceos atuava em um nicho específico de contas médicas. “Ela era muito focada em reduzir fraudes no processo de prestação de contas entre os fornecedores do hospital e o plano de saúde”, explica Mitchell.

A ideia acabou não dando certo, mas foi essencial para a empresa criar a base da Pipo Saúde. “A partir da Ceos a gente começou a olhar para a parte de custo de saúde, que já era uma questão significativa há quatro anos e hoje é muito mais”, conta.

Foi assim que os fundadores resolveram focar na figura do corretor de seguros. “Esse papel existe em praticamente toda a relação de saúde privada do Brasil. Toda a empresa ou pessoa que contrata um plano de saúde faz isso por meio de um corretor”, ela diz. “E ele têm diversas funções, inclusive no pós-vendas, como a administração desses benefícios.”

Mitchell categoriza a Pipo como uma corretora similar e ao mesmo tempo diferente das já existentes no mercado. “Tem a parte burocrática e é uma plataforma de vendas, como as outras, mas é muito mais conectada com o cuidado de saúde das empresas e dos seus colaboradores”, afirma.

Em 2022, a healthtech fez parte da lista 100 Startups to Watchprojeto desenvolvido por PEGN que elege os negócios mais promissores do ecossistema de inovação brasileiro. De acordo com Mitchell, a chancela foi essencial para a empresa construir a reputação e credibilidade que tem hoje. “Para nós isso é muito importante porque a empresa tem que nos conhecer para nos contratar e nós competimos com outros players que existem há séculos, então as pessoas precisam confiar no nosso trabalho”.

Em janeiro de 2023, a healthtech comprou a corretora de benefícios da Convenia, HRTech que oferece uma plataforma de gestão do RH para pequenas e médias empresas. No mesmo período, a startup criou uma funcionalidade que permite o contato com os colaboradores da contratante e visa a experiência do funcionário do cliente.

“Quem contrata a Pipo é a empresa, mas a gente se preocupa com a nossa relação com quem vai usar o plano”, conta. “Nessa área, nós ajudamos as pessoas a navegarem pelo plano. Saberem ao que elas têm direito, pedirem segunda opinião médica e até mesmo falarem com um profissional de saúde nosso, com telemedicina, antes de procurarem um pronto-socorro”. Essa funcionalidade também engloba os atendimentos psicoterápicos online e, segundo Mitchell, é responsável por atender cerca de 2 mil colaboradores por trimestre.

O objetivo da Pipo é virar referência como hub de saúde para as empresas e as pessoas que utilizam. “Queremos que as pessoas nos procurem antes de decidir qual médico visitar e que nos usem como aliados”, afirma Mitchell.

Em 2022, a empresa faturou R$ 12 milhões e a previsão para esse ano é chegar aos R$ 30 milhões, além de aumentar a sua cobertura para 160 mil vidas entre colaboradores das empresas clientes e dependentes. Para 2024, a meta é atingir R$ 50 milhões.

FONTE:

https://revistapegn.globo.com/startups/noticia/2023/07/pipo-saude-planeja-faturar-mais-que-o-dobro-em-2023-e-chegar-a-r-30-milhoes.ghtml