Pesquisadores britânicos criam turbina eólica esférica voltada a cidades

Esfera de 25 centímetros pode ser anexada ao lado de prédios ou varandas e fornecer energia verde para a casa ou para a rede elétrica

A O-WIND TURBINE, CRIADA POR NICOLAS ORELLANA E YASEEN NOORANI, DEVE SER LANÇADA NO MERCADO DENTRO DE CINCO ANOS (FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK/JAMES DYSON AWARD)

Dois pesquisadores britânicos criaram um design premiado para uma mini turbina eólica que parece uma bola de vôlei e capta uma brisa que esteja soprando em qualquer direção, o que, segundo eles,tornará a energia verde mais acessível para as pessoas que moram em cidades.

O-Wind Turbine, criada por Nicolas Orellana e Yaseen Noorani, da Universidade de Lancaster, é uma pequena esfera de plástico com aberturas que captam o vento de qualquer direção, fazendo com que ela gire em seu eixo como uma bola equilibrada na ponta do dedo.

É mais adequado do que as turbinas tradicionais para aproveitar os ventos em constante mudança que sopram por áreas construídas, dizem os inventores.

“As cidades são lugares com vento, mas atualmente não estamos aproveitando esse recurso”, disse Orellana, que é do Chile. “Esperamos que a O-Wind Turbine melhore o uso e a acessibilidade das turbinas para pessoas em todo o mundo.”

Os dois pesquisadores, que recentemente concluíram seus mestrados em inovação internacional, disseram que a esfera de 25 centímetros pode ser anexada ao lado de prédios ou varandas e fornecer energia verde para a casa ou enviá-la para a rede elétrica.

O interesse da dupla em ampliar a capacidade das turbinas eólicas veio depois de estudarem as limitações do Mars Tumbleweed Rover, da NASA, uma bola inflável projetada para saltar autonomamente pela superfície de Marte.

A O-Wind Turbine venceu a versão britânica do prêmio James Dyson Award no mês passado e está em disputa no próximo mês pela versão internacional do prêmio.

A dupla espera ter o produto lançado no mercado dentro de cinco anos e também planeja pesquisar a possibilidade de adaptar a tecnologia para gerar energia a partir das ondas do mar.

FONTE: ÉPOCA