Pesquisa da Embrapa usa nanotecnologia para melhor nutrição das plantas

Elaine Paris, Cauê Ribeiro e Maria Alice Martins integraram a equipe de pesquisa na Embrapa Instrumentação (Foto: Embrapa Instrumentação/Divulgação)

esquisadores da Embrapa Instrumentação de São Carlos (SP) desenvolveram uma forma de melhorar a nutrição das plantas usando de nanotecnologia. Eles criaram um revestimento que permite unir macro e micronutrientes em em uma única aplicação.

Os cientistas criaram uma película formada por micronutrientes (nutrientes que são exigidos em menor quantidade, mas que influenciam no crescimento e desenvolvimento da planta) que consegue se fundir aos macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio, conhecidos pela sigla NPK) fazendo com que o glânulo do fertilizante ofereça todas as necessidades nutricionais da planta.

O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo. De acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), de janeiro a dezembro de 2017, o mercado de fertilizantes no Brasil consumiu mais de 34 milhões de toneladas. O país importa 75% do total utilizado.

Nanotecnologia

Atualmente, as aplicações de macro e micronutrientes são feitas separadamente e criar um fertilizante completo sempre foi um desafio para a pesquisa agrícola.

“Geralmente os micronutrientes são muito solúveis e se colocados junto melam os macronutrientes vira uma pedra dentro da máquina e não consegue aplicar”, explicou o pesquisador Cauê Ribeiro do Laboratório Nacional de Nanotecnologia aplicada ao Agronegócio (LNNA) da Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP). O estudo também contou com a participação das pesquisadoras Elaine Paris e Maria Alice Martins.

Película criada pela Embrapa de São Carlos une macro e micronutrientes em um único glânulo (Foto: Embrapa Instrumentação/Divulgação)

Película criada pela Embrapa de São Carlos une macro e micronutrientes em um único glânulo (Foto: Embrapa Instrumentação/Divulgação)

FONTE: G1