Pentágono lança guia para uso ético de inteligência artificial no setor militar

Conselho de Inovação da Defesa (DIB), uma organização consultiva do Pentágono, lançou um conjunto de princípios sobre “ética da inteligência artificial (IA)” para o uso “responsável” de armas autônomas.

A inteligência artificial está cada vez mais se tornando um fator que definirá a guerra futura, com as forças armadas de grandes potências analisando suas vantagens.

Em consequência disso, estudiosos e líderes tecnológicos estão alertando que se essa tecnologia for instalada em sistemas de armas ela poderia posteriormente aprender como travar hostilidades sozinha ou tomar decisões independentes durante o combate.

Para aliviar os temores em relação a essa tecnologia, foram lançadas cinco diretrizes para a IA que receberam aprovação unânime.

Analisar próprias ações

A inteligência artificial deve ser confiável o suficiente para cumprir suas funções programadas e ser “rastreável”, para que possa potencialmente ser auditada por observadores externos, de acordo com o Pentágono.

Os humanos ainda devem ser responsáveis pelo desenvolvimento, implantação e resultados de seu uso. A IA deve ser livre de qualquer “viés não intencional”, como racismo ou sexismo, a menos que isso seja necessário em um ambiente militar.

Outro princípio requer que um sistema de IA seja capaz de analisar suas próprias ações e parar assim que detectar a possibilidade de causar danos desnecessários, devendo também ter uma opção para entregar o controle a um operador humano.

“As recomendações do DIB ajudarão a aumentar o compromisso do DoD [Departamento de Defesa dos EUA] em manter os mais altos padrões éticos, conforme descrito na estratégia de IA do DoD, enquanto assume a forte história do Exército dos EUA de aplicação de testes rigorosos e uso de padrões para inovações tecnológicas”, disse o tenente-general John N.T. “Jack” Shanahan, diretor do Centro Conjunto de Inteligência Artificial.

Ataques letais

Acredita-se que a IA vai ajudar os militares dos EUA a vencerem adversários quase iguais, como a China ou a Rússia.

Os ataques letais com drones americanos – uma dimensão da guerra que faz uso de tecnologias modernas e depende de controle remoto – têm sido criticados há muito tempo por matar dezenas de civis inocentes.

FONTE: SPUTNIK