Pensar, criar e empreender. Um negócio do futuro

“Trilha da Inovação na Educação” estimula o pensamento empreendedor em sala de aula. Alunos aprimoram ideias com apoio de indústrias

Em apenas um ano, a população brasileira cresceu 1,57 milhão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho de 2017 o país contava com mais de 207 milhões de habitantes.

Novos centros urbanos, novas demandas de consumo, maior habilidade para trabalhos especializados, olhar conectado com o mundo. O que os profissionais do futuro podem começar a fazer agora? Uma iniciativa do Sistema Fiep ajuda a desenhar novos cenários para os jovens que estarão no mercado de trabalho daqui a cinco, 10 ou 20 anos. É o projeto “Trilha da Inovação para a Educação”, que combina dois elementos essenciais para a longevidade de carreiras e negócios: realização pessoal e profissional.

Por meio do projeto, os estudantes do Sistema Fiep – Senai, Colégio Sesi e Faculdade da Indústria – são estimulados a pensar de forma empreendedora. “Estamos formando uma nova geração de profissionais, preparados para as demandas reais do século XXI”, conta Giovana Chimentão Punhagui, gerente executiva de Educação do Sistema Fiep. “Um dos pilares fortes do nosso sistema é a inovação. Desenvolvemos este projeto para criar espírito inovador nos alunos e propiciar a prática dentro das modalidades de educação, principalmente no ensino médio e na educação profissional”, acrescenta Giovana.

Educação que transforma gerações

Mobilizar, experimentar, prototipar, incubar e acelerar. Estes são os eixos do projeto Trilha da Inovação para a Educação. Dentro de cada um deles, há diversas iniciativas: “no eixo mobilizar, há o GrandPrix de Inovação, por exemplo. Os alunos ficam 16 horas dentro da escola resolvendo desafios, geralmente propostos pelas indústrias”, detalha Giovana. Uma verdadeira maratona de ideias, aprendizados e troca de conhecimento.

A parceria com as indústrias acontece de várias formas. Giovana explica que há demandas que vêm das empresas e há outras que os próprios alunos sugerem.

É o caso de um desafio proposto pelo sindicato da panificação, que pediu aos alunos para desenvolverem uma cuca saudável. O estudo multidisciplinar, somado ao apoio de uma empresa que fornece enzimas, fez com que os alunos cumprissem o desafio em um trimestre. “Temos também o programa Conte com o Senai, em que as empresas cadastram seus problemas de negócios por meio de um site específico, acessado por indústrias e alunos. As escolas da região escolhem qual destes problemas vão solucionar em sala de aula”, fala Giovana.

Trilha da Inovação na Educação aproxima alunos do Sistema Fiep das indústrias. Problemas reais dos negócios são solucionados em sala de aula, com atividades em equipe e professores altamente qualificados (Foto: Divulgação)

Trilha da Inovação na Educação aproxima alunos do Sistema Fiep das indústrias. Problemas reais dos negócios são solucionados em sala de aula, com atividades em equipe e professores altamente qualificados (Foto: Divulgação)

Trilha da Inovação na Educação aproxima alunos do Sistema Fiep das indústrias. Problemas reais dos negócios são solucionados em sala de aula, com atividades em equipe e professores altamente qualificados (Foto: Divulgação)

Luva com sensores para cegos, colete de motoboy com carregador de celular movido a energia solar: estas são algumas das ideias que também partiram das salas de aula do Sistema Fiep. A gerente executiva de educação fala que “este tipo de projeto é apresentado para as empresas, os alunos vendem as ideias. Aqueles que conquistam o primeiro, segundo e terceiro lugar têm a possibilidade de ter seus projetos incubados e acelerados”.

Da sala de aula para o mercado de trabalho

Das salas de aula do Sistema Fiep saem cidadãos muito mais proativos e protagonistas de suas próprias rotinas. “Os alunos também se tornam muito mais resilientes, aptos a trabalharem em equipe e fazerem novas proposições dentro do mercado de trabalho”, aponta Giovana. Os dados confirmam: “de cada dez alunos que se formam conosco, sete conseguem emprego em até um ano. Há empresas que efetivam até 80% dos estudantes dos nossos cursos de aprendizagem”, detalha.

“Hoje não há como trabalhar inovação na escola sem passar por uma mudança na metodologia. É preciso mudar o modelo pedagógico, capacitar os professores e rever a forma de interagir com os alunos. Eles aprendem a pensar em vez de simplesmente absorver conteúdo”, finaliza Giovana.

FONTE: GLOBO.COM