Partilhar bicicletas e triciclos elétricos faça chuva ou faça sol

Uou Mobility vai lançar rede-piloto com três municípios até ao final do primeiro trimestre A seguir UOU Mobility avança para bicicleta elétrica Mais vistas VIAGENS 102 viagens que todos devemos fazer uma vez na vida RANKING 20 milhões já seguem estes youtubers portugueses MALÁSIA Aos 29 anos, esta é a vida de luxo da herdeira de um multimilionário HABITAÇÃO Estas micro-casas não custam mais de 12 mil euros Partilhar bicicletas (bikesharing) e triciclos elétricos (trikesharing) faça chuva ou faça sol nas cidades.

Esta é a proposta da Uou Mobility, startup de São João da Madeira que está a desenvolver uma solução para partilha de veículos integrada numa única infraestrutura para estacionamento com docas virtuais. Municípios e empresas são os principais alvos da empresa.

Ao mesmo tempo, a Uou Mobility deverá ainda reforçar a parceria com os CTT para fornecer mais veículos de transporte postal. Esta é uma das startups que poderá conhecer no warm up da Lisbon Mobi Summit, a 26 de janeiro.

“Pretendemos apresentar uma solução que substitua o uso do automóvel particular e oferecer algo interessante e apelativo para o utilizador”, referem ao Dinheiro Vivo a designer Isa Silva e o economista Hugo Teixeira, os dois “autodidatas” fundadores da Uou. A startup propõe dois modelos de negócio: “A venda direta de bicicletas e veículos elétricos integrados no sistema ou o aluguer de equipamentos e manutenção e gestão da rede.” As bicicletas e os triciclos são produzidos em São João da Madeira e contam com uma solução integrada assente no sistema de localização GPS e no sistema de rede GPRS que permitem o seu estacionamento de forma virtual.

Os veículos serão desbloqueados através de uma aplicação ligada aos sistemas municipais de transportes ou das empresas. As bicicletas contam com um motor elétrico de 250 watts integrado na roda traseira com um sensor de binário a avaliar de forma contínua o esforço do utilizador, ativando o motor elétrico auxiliar sempre que necessário.

A autonomia é de 60 quilómetros e existe ainda um sensor de análise da qualidade do ar (dióxido de carbono) que permite monitorizar a saúde do utilizador enquanto pedala. Os triciclos, que serão utilizados no inverno e vão complementar o sistema de bikesharing, têm uma autonomia superior, de 65 quilómetros. A primeira rede-piloto da Uou Mobility deverá arrancar “até ao final do primeiro trimestre”, em parceria com três câmaras municipais, que “estão a fechar conversações”. Braga será um dos três municípios a testar esta solução da Uou.

O lançamento só é possível depois de há meio ano esta startup ter recebido um investimento de um grupo de São João da Madeira que “permitiu alavancar a produção do veículo e da bicicleta”. Inicialmente, a empresa contava apenas com capitais próprios. Parceria com CTT Ao mesmo tempo, a startup de São João da Madeira deverá reforçar a parceria com os CTT para o desenvolvimento de veículos de distribuição de correio adaptados às necessidades de distribuição postal no centro das cidades. O primeiro exemplar deste triciclo em forma de ovo já circula em Aveiro desde o início do segundo semestre. “Desenvolvemos um projeto-piloto com resultados bastante positivos e já recebemos indicação para o fornecimento de mais unidades”, refere a cofundadora da Uou Mobility.

Os novos triciclos elétricos dos CTT deverão estar prontos até ao final de março. Isa Silva, ainda assim, assume que os testes com os CTT estão a ser um “desafio que saiu um pouco da estratégia”. O triciclo elétrico tem autonomia estimada de 45 quilómetros e pode realizar 230 paragens com uma só carga. Capacidade suficiente para as rondas diárias dos carteiros, que poderão transportar até 75 kg de carga. O veículo conta ainda com duas viseiras em policarbonato de vidro que, quando fechadas, criam uma cápsula para proteger o carteiro e a carga.

FONTE: DINHEIRO VIVO