Palácio do século 19 vai abrigar empreendedores e startups em SP

O governo do estado de São Paulo concedeu o Palácio dos Campos Elíseos, prédio histórico localizado no centro da capital paulista, para instalação de empreendedores e projetos ligados a tecnologia, inovação e criatividade. O palácio, restaurado pelo governo estadual em obra que teve duração de quatro anos e investimento de cerca de R$ 20 milhões, abriga desde 3 de abril o Centro Nacional de Referência em Empreendedorismo, Tecnologia e Economia Criativa, administrado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP).

O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, ressaltou o esforço feito por todos os parceiros para a criação do centro em um prédio que simboliza a história empreendedora da cidade. Segundo ele, a cidade de São Paulo é responsável por 70% da decisão de investimento no Brasil. “O centro será o palco ideal da exposição e do encontro de acesso a mercado de investidores para apostar nas ideias empreendedoras”, disse.

O Palácio dos Campos Elíseos, inaugurado em 1899, era do cafeicultor e político Elias Pacheco Chaves. A residência de 4 mil metros quadrados e quatro andares, localizada na Avenida Rio Branco, tornou-se conhecida pelo seu mobiliário e decoração, que trazia, na época, o que havia de mais sofisticado no mundo. O palácio foi sede do governo estadual de 1912 a 1965 e recentemente abrigou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, que lá permaneceu até 2006.

Desde então, o prédio estava desocupado. Em 14 de julho de 2017, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou o Decreto 62.699/2017 autorizando o Sebrae-SP a utilizar o palácio de forma gratuita e pelo prazo de cinco anos.

O diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, disse que a cultura estará sempre representada no espaço e aposta na vocação do local para a inovação e a economia criativa. “Se pensarmos nas cinco empresas mais valiosas do mundo no ano 2000, apenas uma era da área de tecnologia. Hoje, das cinco empresas mais valiosas, cinco são de tecnologia. Criar um espaço que privilegia o acesso e a difusão da informação, da inovação e da tecnologia mostra que São Paulo continua conectada aos desafios do futuro”, disse.

Atividades

As primeiras atividades do centro começam no primeiro andar, onde funcionam uma aceleradora de startups, com 11 empresas paulistas selecionadas entre 120 inscritos, um espaço de coworking, duas salas para capacitações, salas de reuniões e a área administrativa do Sebrae-SP. Os quatro andares do prédio devem ser gradativamente ocupados pelas diversas atividades do centro, segundo o Sebrae-SP.

FONTE:  BBC