Pagamento por meio de reconhecimento facial em lojas da Alibaba

Nas lojas da Alipay, subsidiária da gigante chinesa, o cliente precisa apenas do seu rosto e uma selfie para pagar suas compras.

Enquanto aqui no Brasil a moda do momento é dos pagamentos via celular, outros países já estão bem à frente. Um dos maiores exemplos é a China, que já usa o reconhecimento facial para identificar  pagamento em diversas lojas do país. O serviço Smile-to-pay, da Alipay, precisa de apenas uma selfie do cliente para identificá-lo e efetuar o pagamento automaticamente. Isso: sorriu, pagou!

A empresa é uma subsidiária da gigante Alibaba, que está se esforçando para desenvolver e implementar seu método de pagamento particular há alguns anos — ele estreou em 2017 e, no final do ano passado, já havia se expandido para mais de 300 localidades.

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Em dezembro de 2018, a máquina de identificação de pagamento foi atualizada para um dispositivo menor, mais eficaz e econômico. Ele recebe o nome de Dragonfly. Com o tamanho de um tablet, é acompanhado por uma câmera frontal e um bom processador. Sua função é identificar o usuário em três dimensões e comparar as informações obtidas com seu banco de dados.

Para o usuário é muito simples. Depois de um registro inicial e digitalização na plataforma da Alipay (o sistema de pagamento do Alibaba), o usuário pode começar a pagar sem precisar de dinheiro, cartão de crédito ou sequer o celular. O processo dura segundos e é totalmente automático. O cliente escolhe pagar com o Alipay, a câmera é ativada e tira uma foto do rosto. Logo em seguida, o usuário é identificado e o pagamento, confirmado.

Segundo explicação dada durante o lançamento do serviço pelos engenheiros da Alipay, o serviço é seguro e privado. Além disso, enganá-lo não é fácil, já que ele é capaz de diferenciar uma foto bidimensional e de uma face real. Na verdade, o sistema é bem detalhista e consegue até perceber se o usuário mudou o corte de cabelo, por exemplo.

No vídeo introdutório, um gerente da Ant Financial, empresa que gerencia os serviços da Alipay, explicou que a privacidade é outro aspecto importante. “Nós não armazenamos dados, e todos aqueles que são enviados para fazer a verificação são criptografados”, disse ele.

Após a mudança de pagamentos bancários para cartões no celular, a próxima transição está no caminho dos pagamentos biométricos. Pagar automaticamente, por meio da identificação física do usuário tem sido o foco para gigantes como a Amazon. Nas lojas Amazon Go, onde o consumidor entra, pega o que quer e sai “sem pagar”. Dezenas de câmeras são responsáveis por monitorar o que você coleta e fazer a cobrança automática na sua conta da Amazon.

No Brasil, o Grupo Pão de Açúcar deve lançar o que mais se aproxima dessas tecnologias. As unidades de Loja Minuto Pão de Açúcar, a princípio, não serão como uma Amazon Go, mas já utilizarão o reconhecimento facial, o self-checkout e mais.

FONTE: OLHAR DIGITAL